O Centro Público de Economia Solidária (Cesol) Chapada Diamantina tem sede no município de Piatã, mas atua em seis municípios da região há oito meses: Andaraí, Abaíra, Lençóis, Mucugê, Palmeiras e Piatã. Nesse tempo, o Cesol Chapada já atendeu mais de 60 empreendimentos e sua meta é chegar nos 128 empreendimentos, em toda a sua área de abrangência.
A agente técnica, Juliana Fionda, é integrante da equipe e tem feito muitas dessas visitas e participado de muitos encontros com grupos comunitários. “Minha percepção é a urgência da articulação territorial voltada para o desenvolvimento do trabalho em rede. Não podemos mais atuar isoladamente, precisamos nos unir e nos fortalecer para construir a mudança”, diz a agente.
O objetivo do Cesol é proporcionar melhorias aos produtos que demonstrem o potencial produtivo da Chapada Diamantina, fortalecendo a economia solidária, incentivando a autogestão, a democracia, a solidariedade, a cooperação, o respeito à natureza e o comércio justo. Esse trabalho é administrado pela organização social Cooperação para a Educação e Trabalho Coletivo (CTEC).
Josemar de Oliveira, representante do grupo Quilombos Piatã, que produz farinha de mandioca, cachaça e o café que leva o mesmo nome, mora no povoado Barreiro de Inúbia, distrito de Piatã, e participou do Festival de Economia Solidária, em Salvador, representando a Chapada. Ele aprendeu muito com essa experiência. “Os cafés, a cachaça e o mel foram muito bem comercializados, e precisamos muito desse apoio na divulgação e comercialização, principalmente por termos que enfrentar grandes empresas, com preços bem abaixo dos nossos”.
Animado com o que já pôde participar, Josemar conclui dizendo que “se continuar assim, podemos alçar novos voos e colocar nosso projeto pra frente”. Atualmente, os produtos desses empreendimentos atendidos pelo Cesol Chapada são os mais variados possíveis: artesanatos em pedra, em palha, crochê; alimentos in natura; licores, geleias, cachaças, cafés, mel de abelha, e muito mais, demonstrando a variedade que os municípios de maior potencial da Chapada pode oferecer ao público.
Para Verane Azevedo, representante do grupo Catuartes, de artesanato como bonecas de crochê, ponto cruz e bordado, de Catolés, a experiência com o Cesol assegura maior sustentabilidade e qualidade de vida para os integrantes do grupo e proporciona o crescimento do empreendimento. “Nosso desejo é que continuem com a política pública para a economia solidária que vem desenvolvendo, dando apoio direto e buscando meios de promover mais oportunidades de vendas dos produtos, com a organização dos cursos de formação”, disse.
O Cesol é uma política pública do Governo do Estado de Bahia, gerido pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre/Sesol), que funciona em um espaço multifuncional público, de caráter formativo e cooperativo, que oferece aos empreendimentos de economia solidária assessoria técnica organizacional. As informações são de assessoria.
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