Conforme publicação do site Bahia Notícias, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) recomendou, nesta quinta-feira (12), a suspensão da Micareta de Feira de Santana, como medida para evitar a propagação do novo coronavírus. A manifestação foi feita em resposta ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), que, na última segunda-feira (9), solicitou um parecer técnico à Sesab sobre a possibilidade de propagação do vírus durante a micareta feirense (leia aqui). A solicitação, assinada pelo promotor Audo da Silva Rodrigues, também foi direcionada à prefeitura de Feira.
A Sesab justifica que “o novo coronavírus possui capacidade de se decuplicar (multiplicar o total de casos por 10x) a cada 7,2 dias – em média” e o período da Micareta de Feira coincide com a curva ascendente exponencial de casos prevista para acontecer no país. Na última terça (10), o representante da Polícia Militar na reunião da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) também se manifestou pelo adiamento da festa. A tradicional micareta está marcada para acontecer entre os dias 23 e 26 de abril.
Boletim da Sesab
De janeiro até às 17h desta quinta (12), a Bahia registrou 216 casos notificados com suspeita clínica de infecção pelo novo coronavírus, sendo três confirmados, todos em Feira de Santana. Outros 147 foram descartados e 66 aguardam análise laboratorial. Ao todo, 26 municípios da Bahia fizeram notificações oficiais ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA).
Ressalta-se que os números são dinâmicos e na medida em que as investigações clínicas e epidemiológicas avançam, os casos são reavaliados, sendo passíveis de reenquadramento na sua classificação. Um novo boletim, com dados atualizados, será divulgado às 17 horas desta sexta (13).
É importante pontuar que o paciente com diagnóstico positivo para o novo coronavírus pode cursar com grau leve, moderado ou grave. A depender da situação clínica, pode ser atendido em unidades primárias de atenção básica, unidades secundárias ou precisar de internação. Mesmo definindo unidades de referência, não significa que ele só pode ser atendido em hospital.
Os casos graves devem ser encaminhados a um hospital de referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar. Outras informações podem ser obtidas no link: www.saude.ba.gov.br/coronavirus. Com dados do Bahia Notícias e da Sesab.
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