Numa tentativa de mitigar o avanço do coronavírus e de proteger a própria vida, profissionais de saúde iniciaram uma campanha que ganhou as redes sociais nesta semana. No Rio Grande do Norte, por exemplo, segurando cartazes que formavam a frase “Nós estamos aqui por vocês, por favor fiquem em casa por nós”, eles apelam que a população se mantenha em quarentena, sem sair de casa.
“É para fortalecer o isolamento social, que nesse momento é importante para achatar a curva de contágio do vírus. Cada pessoa na rua é um potencial contagiante ou contagiado da doença”, declarou a médica obstetra, Roberta Cecília Moreno, que atua nas maternidades das redes pública e privada em Natal.
Ela detalhou, ainda, que a maioria dos infectados terá apenas sintomas leves, como febre e tosse seca. “Isso vai passar sem medicação e sem a necessidade de atendimento médico. Porém, se essas pessoas saírem de casa, mesmo que seja para buscar atendimento médico sem necessidade, irão contaminar outras pessoas, incluindo os profissionais de saúde”, ressaltou.
A campanha copiada pelos profissionais da Saúde no Rio Grande do Norte teve início em outros países com número relevante de casos confirmados de coronavírus. A mesma mensagem dos trabalhadores – enfermeiros, médicos e técnicos de enfermagem – também pôde ser vista em redes sociais de cidadãos norte-americanos. Em Natal, profissionais do maior hospital de urgência e emergência, o Monsenhor Walfredo Gurgel, iniciaram o movimento que foi seguido nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e no Hospital Rio Grande.
No Rio de Janeiro, funcionários da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), principal instituição brasileira de ciência e tecnologia em saúde, entraram na campanha. Quatro integrantes do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) interromperam momentaneamente suas atividades para tirar uma foto com cartazes que formam as duas frases. A imagem viralizou nas redes sociais.
O mesmo tipo de imagem foi feito por profissionais de saúde em outros Estados e regiões do País, como na Unidade Básica de Saúde (UBS) Lélio Silva, em Macapá (PA); no Hospital Regional de Campo Grande (MS); no Hospital Rio Doce, em Linhares (ES); no Hospital Regional de Ceilândia, em Brasília; no Hospital Geral Universitário, em Cuiabá (MT); no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Maravilha (SC); e no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, em Belém (PA). As informações são da Agência Estado.