O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, foi escolhido para ser o novo ministro da Educação do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ele deve ser nomeado ainda nesta sexta-feira (3).
O nome de Feder foi cotado para a pasta na última semana, logo após a saída de Abraham Weintraub do comando do ministério. O secretário, no entanto, foi preterido por Bolsonaro, que optou por chamar Carlos Alberto Decoletti – escolha da ala militar do governo.
Decotelli teve a nomeação tornada sem efeito nessa quarta-feira (1°) após vir a público que seu currículo tinha uma série de irregularidades, como um doutorado e um pós-doutorado que nunca existiram.
Feder é uma indicação do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), muito próximo aos partidos do bloco conhecido como Centrão.
Denúncia de fraude
O empresário Renato Feder, escolhido por Jair Bolsonaro (sem partido) para ser ministro, no passado, foi denunciado por sonegação fiscal e responde a processo milionário na Justiça de São Paulo, que corre em sigilo.
O site Metrópoles revelou que em 2016, Feder e o sócio, Alexandre Ostrowiecki, administradores da empresa de informática Multilaser Industrial S.A., foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Coordenadoria de Combate à Sonegação Fiscal (Coesf), por fraude de R$ 3,2 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
O processo consta no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e ainda está em fase de tramitação. Em posicionamento oficial, a empresa informou que o processo é resultado de uma dívida que o governo paulista tem de R$ 95 milhões com a Multilaser, que venceu e não foi paga. As informações são do site Metrópoles.