Carlos Alberto Decotelli atualizou seu currículo na plataforma do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para incluir o cargo de ministro da Educação que diz ter exercido entre 25 e 30 de junho. No entanto, foi justamente por causa de inconsistências no currículo que o professor não tomou posse à frente do MEC.
A nomeação de Decotelli chegou a ser publicada no Diário Oficial, logo após ele ser indicado pelo presidente Bolsonaro (sem partido). Mas a posse, marcada para a última terça-feira (30), foi adiada porque instituições de ensino negaram títulos acadêmicos que o professor havia incluído no próprio currículo.
Universidades da Argentina e da Alemanha desmentiram as informações de que ele teria concluído um doutorado e um pós-doutorado nas respectivas instituições. Também vieram à tona acusações de plágio na dissertação de mestrado apresentada pelo ex-ministro à FGV (Fundação Getulio Vargas).
As revelações trouxeram desgaste para Decotelli e tornaram insustentável sua permanência no governo. Ele acabou pedindo demissão antes de assumir o Ministério formalmente.
Em entrevista ao UOL, Carlos Decotelli afirmou que o racismo influenciou em seu processo de desgaste. “Há muitos brancos com imperfeições em currículo trabalhando sem incomodar ninguém”, disse.
Nesta sexta-feira (3),Bolsonaro escolheu o secretário de Educação do Paraná e ex-executivo Renato Feder para ser o novo ministro da Educação. As informações são do portal UOL.