Ciente da importância da segurança pública antes, durante e depois da crise sanitária, o vereador de Salvador Luiz Carlos Suíca (PT) defende a atuação policial com cautela e respeitando os direitos individuais e coletivos em bairros e comunidades periféricas. Nesta sexta-feira (24), após receber inúmeros relatos de excesso em abordagens e até de agressões de policiais militares, o edil petista voltou a defender a população e pediu atenção dos comandantes sobre a questão. Regiões como o complexo de Nordeste de Amaralina, Vale das Pedrinhas, Santa Cruz e Pernambués, por exemplo, foram citadas pelo vereador como locais com alguns desses registros de excesso.
“Nessas regiões, as casas são invadidas, sem critério algum, e a gente sabe que a polícia tem seu setor de inteligência e pode utilizar muito bem quando faz combate à violência e ao tráfico de drogas. As pessoas ficam assustadas quando tem uma incursão policial em bairros como o Nordeste de Amaralina, Santa Cruz, Vale das Pedrinhas e Pernambués. Isso porque suas casas são invadidas. Essa ação acaba confundindo quem está ou não no ‘descaminho’. E o governo precisa tomar uma posição em relação a isso. Agora mesmo, a polícia está ocupando o Engelho Velho e espero que a operação busque atender aos anseios da comunidade e não coloque o povo como refém”, salienta Suíca em entrevista à TV Baiana.
O edil defende a atuação do coronel da Polícia Militar da Bahia, Anselmo Brandão, e diz que é preciso sim intensificar as operações, mas cumprindo com as diretrizes para garantir a segurança de todos. “É uma pessoa acessível, sensível à causa e sabe da vulnerabilidade que as comunidades enfrentam. Infelizmente esse problema é nacional. Em todo o Brasil as pessoas sofrem com esse excesso por alguns policiais. A população pobre e negra deste país é a mais afetada. A gente não ver, por exemplo, bala perdida em bairros nobres. O desejo é ter uma polícia mais humanizada, que proteja e salve vidas”. Suíca ainda contesta a acusação que as comunidades pretejam criminosos. “Isso é uma falácia, as comunidades são formadas, em sua grande maioria, por pessoas trabalhadoras, que saem para trabalhar 4h da manhã para buscar o sustento da família”, completa.