O tenente-coronel Carlos Humberto, do 20° Batalhão da Polícia Militar de Paulo Afonso, foi afastado de seu cargo após a operação ‘Alcateia’ apontar, na última quinta-feira (29), que ele comandava uma organização criminosa. De acordo com a investigação, o tenente-coronel popularmente conhecido como ‘Cachorrão’, teria aumentado também o seu patrimônio, e de policiais subordinados do 20° Batalhão, para a proteção de traficantes.
A ação dos criminosos passava por um desvio de policiamento para locais onde não havia ‘bocas’ comandadas por policiais, e apreensões em pequenas quantidades. A maior parte da droga ficava com o traficante. Conforme o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), por mês, o grupo chegava a alcançar de R$700 mil a R$1 milhão. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) declarou que há outras provas do comando exercido por Carlos Humberto, como diálogos captados em interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça.
O grupo é acusado de envolvimento na morte de pelo menos 13 pessoas em Paulo Afonso e região. Uma das últimas vítimas do grupo foi Saulo de Tárcio Medeiros Santos, o homem que foi morto, era extorquido pelo policial Márcio Vaccarezza, preso nesta quinta.
Os outros PMs com prisão temporária decretada são Júlio João Castor Júnior, Sandro José de Oliveira, Pedro Guibson Júnior, José Adelmo da Silva Feitosa e Valmir Dantas Félix, todos do 20° Batalhão de Paulo Afonso. Paulo Henrique de Souza Oliveira, apontado como apoio do grupo e que não era militar, também foi preso. Jeorge da Silva, também não-militar, e teve mandado de busca e apreensão cumprido. Jornal da Chapada com informações do Bahia Notícias.