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#Chapada: Livro conta história de guitarrista do Led Zeppelin que morou em Lençóis por mais de uma década

O músico tocou com nativos por diversas vezes | FOTO: Divulgação |

O livro ‘Jimmy Page no Brasil’, do jornalista e escritor Leandro Souto Maior, está perto de ser lançado e promete contar a história do guitarrista britânico Jimmy Page, integrante do Led Zeppelin, que morou em Lençóis, na Chapada Diamantina, por mais de uma década com sua ex-mulher Jimena Gómez, onde teve dois filhos biológicos e uma adotiva. A obra chega ao público por meio da editora Garota FM Books com previsão de pré-venda para este mês de dezembro.

A compilação de histórias reúne detalhes da vida de Jimmy Page no Brasil que nunca foram apresentados em suas biografias mais famosas. “Os jornalistas e biógrafos de fora não têm ideia da dimensão das coisas que o Jimmy viveu aqui. Como não pesquisaram, seja pela falta de interesse ou pela distância, é como se não tivesse sido tão significativo. Minha pesquisa mostra que foram muitos anos, e ele vinha todo ano, de 1994 até 2008. Passava temporadas na casa que ele construiu, após comprar um terreno. Chegou a comprar uma segunda casa e ainda construiu a terceira, em Lençóis”, comenta Leandro.

“No livro, eu até desminto a Rita Lee. Em sua autobiografia, ela conta que encontrou Jimmy Page em 1972, na Bahia, e que deu um violão para ele. Só que, segundo Charlotte Martin – modelo francesa que namorou com Jimmy entre 1970 e 1986 – também não houve vinda ao Brasil nessa época. A brasileira Aninha Capaldi e o falecido baterista Jim Capaldi, do Traffic, foram os anfitriões dessa vinda de Jimmy ao Brasil, em 1979. Eles fizeram vários programas na ocasião. Até fui a Londres para entrevistar Aninha e Charlotte, e a Aninha disse lembrar que os dois falavam que era a primeira vez deles no Brasil”, afirma Maior.

O guitarrista foi um dos líderes do grupo Led Zeppelin | FOTO: Divulgação |

Em Buenos Aires, Jimmy Page conheceu Jimena Gómez, com quem ficou casado até 2008. Ela é americana com pais argentinos, mas morava no Brasil. O casal voltou a se reencontrar em Salvador e Jimena logo levou Jimmy para Lençóis, onde ela morava e era sócia de um bar e de uma pousada – com apenas 22 anos.

“Jimmy teve três filhos, sendo dois biológicos, um menino e uma menina, e outra adotiva – filha biológica apenas de sua mulher. Nessas idas e vindas de Page a Salvador e Lençóis, ele chegou a conhecer Luciano, pai da filha de Jimena, e eles se tornaram amigos. Um dos depoimentos que mais me emociona veio do Luciano, que disse que viveu uma experiência humana muito especial e única ali, pois quando Luciano, Jimmy e os três filhos de Jimena se encontravam, todos os três chamavam tanto Jimmy quanto Luciano de ‘pai’, ou ‘daddy’”, afirmou.

Conforme já destacado, Jimmy Page teve três casas no Brasil, todas em Lençóis. A primeira foi construída em um terreno que Jimena já tinha, a segunda ficava em frente à primeira, pois ele não queria ter vizinhos, e alguns anos depois o guitarrista adquiriu um terreno de 4 mil metros quadrados, conforme apuração do ‘Jornal Nacional’, da TV Globo, em 1998 – período em que o músico, foi descoberto pela grande mídia no Brasil.

Matéria da Rede Globo sobre Jimmy Page

“Pude conhecer a primeira casa, do terreno da Jimena, que ainda está no nome dela e foi alugada. Os inquilinos me receberam muito bem, só não deixaram fotografar. Nos fundos dela, há até um quiosque, tipo uma choupana, com teto de palha, em formato de heptágono. Uma das arquitetas disse que ele fez questão que fosse heptágono. Jimmy tem envolvimento com ocultismo, então, isso deve ter alguma simbologia para ele. A casa na frente, de dois andares, quase um bangalô, foi comprada por Jimmy porque ele não queria ter vizinhos. Era usada para receber convidados”, destaca Leandro Souto Maior. A terceira casa ainda é usada por Jimena, que transita entre Lençóis e Londres, na Inglaterra.

“Pode-se dizer que Jimmy Page morava em Lençóis entre 1994 e 2008. Eventualmente, passava meses, assim como poderia passar apenas algumas semanas ou até um fim de semana. Ele viajava com frequência, vinha ao Brasil mais de uma vez por ano. Testemunhas dizem que ele pegava ônibus em Salvador e saltava em Lençóis. Então, era a casa dele e ficava fechada quando ele não estava. Só passou a alugar depois que os dois se separaram. Claro que ele ficava mais tempo em Londres, por conta de compromissos profissionais, mas ele vinha todo ano ao Brasil para passar algum tempo na casa dele”, disse o autor.

O livro ‘Jimmy Page no Brasil’ está em campanha de financiamento coletivo pelo Catarse com benefícios aos apoiadores até a próxima segunda-feira (30). Jornal da Chapada com informações de Igor Miranda.

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