Benedita da Silva, Conceição Evaristo, Elza Soares, Gilberto Gil, Madame Satã, Martinho da Vila, Milton Nascimento, Sandra de Sá, Vovô do Ilê e Zezé Motta. Todos esses nomes foram excluídos da lista de personalidades negras da Fundação Palmares sob a justificativa de estarem ainda vivos. O fato deixou o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) indignado. Nesta quinta-feira (3), o parlamentar baiano rebateu o presidente da fundação Sergio Camargo e criticou a postura do aliado do governo bolsonarista diante da situação que o país passa com o aumento do número de mortes causadas por atos racistas.
“Sergio Camargo tem usado a Fundação Palmares para realizar ataques ideológicos gratuito. São pessoas que possuem relevância através da luta antirracista. O que ele está fazendo é uma afronta à luta do povo negro deste país, que merece ser reconhecida por este governo e por qualquer outro. Não podemos concordar com uma atitude dessa. Era para ele estar ampliando os quadros de personalidades, cobrando ações contra os casos de violência envolvendo racismo e intolerância religiosa e não incentivando essa onda de ódio que assola o Brasil”, descreve Valmir.
O presidente da Fundação Palmares usou sua conta no Twitter para confirmar os nomes das 29 personalidades que foram retiradas da lista. Conforme Camargo, foi realizada “a exclusão de todos que estão vivos”. Assunção retruca e diz que todos os nomes ajudaram e ajudam na luta contra o racismo institucional e estrutural do país. “Ele faz isso para atacar o movimento negro. Tem agido igual um capitão do mato, defendendo esse governo de Bolsonaro, que atua para ampliar a violência e retirar direitos conquistados com muito sangue e suor. É lamentável que tenhamos de conviver com isso”, complementa o deputado. As informações são de assessoria.