Indicado pelo PP para disputar o comando da União dos Municípios da Bahia (UPB), o prefeito de Jequié, Zé Cocá, foi alvo da Polícia Federal (PF) em 2019 por supostas irregularidades cometidas enquanto era gestor da cidade de Lafaiete Coutinho, também na Bahia. Segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Cocá usava de laranjas para comprar combustível para a prefeitura em um posto, que, na verdade, pertencia a ele.
Á época, o delegado do caso, Jorge Vinícius, da Polícia Federal afirmou que um ex-frentista e uma empregada doméstica apareciam como “donos” do posto Três Montanhas. Com as investigações, comprovou-se que o posto de combustíveis na verdade era administrado por um servidor da prefeitura de Lafaiete Coutinho, o qual chegou a ser responsável pela conferência do recebimento do material (combustíveis) em relação a dois procedimentos licitatórios, além de presidente da Comissão Permanente de Licitação em um certame e pregoeiro designado pelo então prefeito em outra disputa.
Segundo a Polícia Federal, há também fortes indícios de superfaturamento com relação ao preço do combustível comercializado pelo posto para o município de Lafaiete Coutinho. O pagamento dos valores definidos nos contratos celebrados entre o município de Lafaiete Coutinho e a pessoa jurídica investigada era realizado com a utilização de recursos federais.
Depois de ser alvo da operação, Cocá – que era deputado estadual – usou a tribuna da Assembleia Legislativa para se defender. “A Polícia Federal chega 6h da manhã na sua casa. Não tenho medo disso. Falei para o delegado que ele pode ficar à vontade com os documentos. Acredito na lei. A única satisfação que tenho que dar é para minha família, me sinto triste de ser político. Me deu vontade de eu sair da política. Somos muito vulneráveis. Por pequenos detalhes, somos criminalizados. Nem direito de defesa temos”, acusou. As informações são do Política Livre.