Além de ser o dia que marca o aniversário do golpe militar de 1964, que culminou na ditadura, este 31 de março ficará marcado, para os brasileiros, por mais um fato triste: trata-se do dia em que o país registrou o maior número de mortes em decorrência da covid-19 desde o início da pandemia. Segundo balanço do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), nas últimas 24 horas foram contabilizadas 3.869 novas mortes, superando o recorde macabro de terça-feira (30), quando foram registrados 3.780 óbitos. Com os novos números, o total de vidas perdidas para a covid-19 no Brasil passa a ser de 321.515.
#PainelConass Covid-19
Data: 31/03/2021, 18hCasos
• 90.638 no último período.
• 12.748.747 acumulados.Óbitos
• 3.869 no último período
• 321.515 óbitos acumulados.Mais informações: https://t.co/ZjV7hqhXrq
— CONASS (@ConassOficial) March 31, 2021
Também foram contabilizados pelo Conass 90.638 novos casos confirmados da doença, o que faz o acumulado chegar a 12.748.747 casos. Enquanto o Brasil amarga na posição de epicentro da pandemia mundial, com recordes de mortes sendo batidos diariamente, o presidente Jair Bolsonaro segue pregando, como fez hoje, contra as medidas de restrição e o isolamento social, principais formas de atenuar os efeitos da crise sanitária, visto que o Brasil ainda não conta com vacinação em massa.
Além disso, ao invés de centrar esforços na resolução da principal crise, que é a pandemia, Bolsonaro cria outras, como a que culminou na demissão coletiva da cúpula das Forças Armadas às vésperas do aniversário do golpe militar de 1964. A data, inclusive, foi celebrada pelo governo através de uma nota elogiosa à ditadura publicada nesta terça-feira (30) no site do Ministério da Defesa. O vice-presidente Hamilton Mourão também celebrou o golpe no dia mais letal desde o início da crise sanitária. A redação é do site da Revista Fórum.