O vice-governador João Leão (PP) admitiu o interesse, durante entrevista ao Política Livre, de ser candidato ao governo da Bahia, para, segundo ele, atender ao pedido dos baianos. A fala ocorreu após o PT já ter anunciado a pré-candidatura do senador Jaques Wagner.
O anúncio do partido parece não ter deixado Leão contente, em razão da falta de consulta com os demais partidos que compõem o grupo político que dá sustentação ao governo petista há 14 anos.
Contudo, ele também ressaltou ser uma vontade de outros aliados e brincou ao dizer que quem não pode se candidatar é Rui Costa (PT), que não tem como ser candidato à re-reeleição.
“Você tem o senador Otto Alencar que quer e pode; tem o senador Jaques Wagner, que quer e pode; tem o senador Angelo Coronel, que quer e pode; tem a deputada Lí,dice da Mata, que quer e pode e você tem João Leão que quer e pode”, disse.
“O único que não pode [se candidatar] no grupo nesse momento é Rui Costa, que não pode ser candidato à re-reeleição”, brincou. Na ocasião, ele desmentiu a possibilidade de ser deputado estadual. “Isso de ser candidato a deputado estadual não existe”.
E aproveitou para enfatizar sobre o desejo do deputado Cacá Leão de ver ele ser candidato ao governo. “Eu não quero atender ao pedido do deputado Cacá Leão [para ser candidato ao governo], mas do povo da Bahia”, disse.
Questionado se pode ocorrer uma fragmentação de candidaturas, como ocorreu nas disputas eleitorais pela Prefeitura de Salvador, ele afirma que não. “De maneira nenhuma, não existe a mínima possibilidade. O que pode acontecer é o companheiro Jaques Wagner abrir [a cabeça de chapa]”, pontuou.
Após o senador Angelo Coronel ter defendido que deveria haver uma chapa encabeçada por PP ou PSD, visando ocorrer uma oxigenação no cenário político baiano polarizado por DEM e PT, Leão afirmou que tá na hora do PT dar uma “vezinha”.
“Primeiro eu não concordo muito, concordo até certo ponto com o senador Angelo Coronel, mas eu acho que não temos que deixar o PT de fora. O PT tem que fazer parte efetiva do nosso futuro governo. Então nós estamos há 14 anos juntos e agora vamos nos separar? Por quê?”, questionou.
“Agora, nesse ponto, o senador Angelo Coronel tem razão: chegou a hora de o PT dar uma “vezinha”. Não pode ser exclusivamente “venha a nós”; nós somos parceiros. Mas eu só quero tratar disso após 2022. Então vamos sentar o PP, o PT, o PSD, o PSB, o PCdoB, toda a nossa base aliada”, completou. Jornal da Chapada com informações de Política Livre.