A Polícia Civil de Goiás impôs sigilo de cinco anos aos dados da operação que culminou na morte do serial killer Lázaro Barbosa. Informações como os custos envolvidos e o efetivo deslocado para atuar nas buscas ao criminoso foram colocadas em caráter “reservado” por ora.
A restrição aos números da operação foi revelada em resposta a um pedido via Lei de Acesso à Informação (LAI) feito pelo jornal “Correio Braziliense”, endereçado às secretarias de Segurança Pública do Distrito Federal e de Goiás. A justificativa apresentada foi que a divulgação das informações neste momento colocaria em risco a instituição.
No pedido, foram questionados dados referentes ao valor investido na operação, o tamanho da área monitorada pelas autoridades nas buscas e os gastos com combustível por viaturas, helicópteros e informações. Também foram solicitadas informações sobre o efetivo de agentes deslocado para atuar no DF e arredores.
Segundo o documento citado pelo Correio, o delegado-geral adjunto Deusny Silva Filho argumentou que a divulgação das informações iria expor os equipamentos de que a instituição dispõe para investigação e operações policiais, a estratégia e os recursos usados, bem como projetos futuros.
“Outrossim, as informações não se restringem somente ao caso encerrado, mas fazem parte de toda a estrutura pertencente à Polícia Civil, usada em outras circunstâncias, e, também, a projetos que ainda nem foram implementados. A divulgação desses dados vulnerabiliza a instituição em sua função investigativa, pondo em risco a segurança e o sucesso de outras apurações”, diz o texto.
Lázaro Barbosa, de 32 anos, foi morto pela polícia no final de junho, após confronto com agentes que integravam a força-tarefa que tentava capturá-lo há 20 dias. Alvejado por quase 40 tiros, ele chegou a ser encaminhado para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. A redação é do site Meio Norte.