Considerado o maior centro oleiro da América Latina, o distrito de Maragogipinho, no município de Aratuípe, será o ponto de partida das Feiras Artesanato da Bahia, nos dias 21 e 22 de agosto, das 10 às 18 horas, na Praça da Matriz. O evento, que será realizado em sete cidades até outubro, promoverá a cada edição a exposição e a comercialização de produtos de artesãs e artesãos, aquecendo o turismo e valorizando a cultura de cada região. Além de Maragogipinho, as feiras visitarão as cidades de Lençóis, na Chapada Diamantina, no dias 28 e 29 de agosto, Jacobina, na Chapada Norte, (4 e 5 de setembro), Vitória da Conquista (11 e 12/9), Cachoeira (17 e 18/9), Juazeiro (23 e 24/9) e Porto Seguro (2 e 3/10).
Com a iniciativa, o Governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), em parceria com Associação Fábrica Cultural, quer incentivar a inclusão social e produtiva. Em Maragogipinho, a Feira Artesanato da Bahia conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Aratuípe.
“Estamos empenhados em ampliar os espaços de comercialização do artesanato baiano, como forma de dar visibilidade e fortalecer a geração de renda de artesãs e artesãos. Além da vitrine virtual e das duas lojas em Salvador, a realização das feiras oportuniza a exposição e o incremento das vendas desse importante segmento econômico em nosso estado”, destaca o titular da Setre, Davidson Magalhães.
A primeira edição itinerante da Feira Artesanato da Bahia vai estimular também a preservação dos contextos culturais que agregam e perpetuam histórias, tradições e valores de cada região.
Durante o evento, o público terá a oportunidade de conhecer a origem das técnicas utilizadas pelos criadores, que destacam a identidade regional do artesanato.
Os visitantes poderão adquirir os produtos artesanais apresentados diretamente pelos produtores, dialogar e interagir sobre a riqueza dos processos produtivos. Nos diversos estandes, estará representado o artesanato local, do polo territorial e de cidades vizinhas.
Segundo Ângela Guimarães, coordenadora de Fomento ao Artesanato da Setre, durante os eventos também acontecerá, em cada cidade, o encontro regional de artesãos e artesãs. “Esta é uma oportunidade de encontro e diálogo do poder público com o segmento, escuta de demandas e apresentação das iniciativas de fortalecimento do artesanato baiano durante este ano de 2021, num contexto de retomada das atividades presenciais", completa.
Maragogipinho
Maior centro de produção artesanal de cerâmica da América Latina, Maragogipinho foi escolhido para abrir a primeira edição itinerante das Feiras Artesanato da Bahia. O distrito se destaca pela população composta, na maioria, de artesãs e artesãos ceramistas. A produção de peças grandes, as louças de barro, é conhecida pelos potes (porrões), talhas, boi-bilhas, panelas, vasos, pratos, corbélias, esculturas e moringas, entre outros. Entre as peças pequenas, o destaque fica para as de caráter decorativo.
Uma das características marcantes da cerâmica local são os desenhos de influências indígenas, geométricas e florais, criados pela pintura artesanal em tauá, pigmento natural de argila de aspecto vermelho, e tabatinga, de tom branco. Utilizada desde o século XVIII, a modelagem manual ganhou técnicas mais avançadas com a utilização de tornos manuais e elétricos e moldes.
Distante 71 km de Salvador pela BR-101, o famoso distrito de Aratuípe tem uma população aproximada de 3 mil habitantes (dados de 2010), a maioria composta por artesãos da cerâmica. As dezenas de olarias locais são responsáveis pela grande produção de cerâmica, uma herança familiar que atravessa gerações. As informações são de assessoria.