A direção da APLB-Sindicato em Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina, comprovou que os professores da rede municipal não recebem salários exorbitantes e cobrou retratação da prefeita Juliana Araujo (PL).
Esse pedido acontece após a gestora ter alegado o fato para emissoras locais de rádio, justificando os descontos nos salários dos docentes por sete meses consecutivos.
A coordenadora da APLB do município, Lilían Maria de Almeida, informou que após uma reunião com a gestão no dia 3 de fevereiro, para discussão da categoria, os educadores receberam salários cortados, após a prefeita ter dito que não retiraria valores dos salários dos professores.
“No dia 5 de fevereiro saiu o pagamento do mês de janeiro com o valor das gratificações calculados em cima do nível inicial do concurso, desconsiderando as promoções. Isso acarretou descontos entre R$400 e R$1,3 mil no salário (…) Estamos já no terceiro mês recebendo o valor reduzido”, disse Lilían.
A comprovação foi buscada junto ao Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (CACs – Fundeb).
A presidente do CaCs – Fundeb, Lucila de Amorim, atestou, através de ofício, não haver salários da categoria que sejam fora da normalidade. Além disso, ela ainda pontuou que os proventos analisados estão de acordo com o Plano de Carreira do Magistério Público Municipal.
“Após uma análise criteriosa nas contas de dezembro/2020, não constatou irregularidades de salários, o que houve foi o pagamento antecipado do salário, décimo terceiro e o adiantamento do terço de férias”, explicou a presidente, que atestou que nunca houve o pagamento de R$12 mil por parte da prefeitura.
“Mesmo se fazendo o somatório de pagamentos, com as aulas extras de professores e todos outros direitos, não se chega a esse valor”, concluiu.
Jornal da Chapada