Após intensos debates, uma reunião realizada na última quinta-feira (16) estabeleceu que a estrada do Vale do Capão, que fica em Palmeiras, na Chapada Diamantina, terá pavimentação mista. Logo, ficou definido que serão 22km de pavimentação e 11km desses, devem ser de concreto, conforme estabelecido.
Os 11km devem ser de concreto em razão do desnível de 600 metros, da saída de Palmeiras, até a chegada em Caeté-Açu, que conta com ladeiras e que precisam ser conservados na totalidade, de acordo com a comissão da estrada, formada pela sociedade civil. Além disso, é reforçado que os 11km são parte de roteiro de empreendimentos comerciais e levam para muitas trilhas e passeios, poços, rios, cachoeiras e mirantes naturais.
“Reforçamos também a importância de que a parte interna do Vale, já contemplada no projeto, com extensão de 10 km, complemente essa ação, permitindo a organização interna do Vale do Capão para receber o maior fluxo de uma estrada nova e bem construída. Solicitamos que essa pavimentação interna seja com piso Inter travado, o que permitirá o controle da velocidade, a permeabilidade do solo e nos ajudará na conservação da ecologia e dos aspectos estéticos que fazem da nossa localidade uma das mais procuradas para o turismo no nosso estado”, pediram.
Após a decisão, a comissão agradeceu o governo da Bahia, o prefeito de Palmeiras, Ricardo Guimarães (PSD) e demais autoridades, assim como destacou as belezas naturais e internacionais do destino turístico. “Sem a ajuda do governo do estado, essa estrada, tão necessária para nossa comunidade, e que servirá para a qualificação do turismo na região e nesse polo turístico em particular, não seria possível de ser construída”, pontuaram.
A estrada é parte de um complexo turístico que envolve três povoados, ‘Rio Grande’, ‘Conceição dos Gatos’ e por fim o Vale do Capão, destino final dos muitos visitantes que usam diariamente essa estrada. Além disso, é ponto de partida para a famosa trilha do Vale do Pati, Cachoeira da Fumaça e muitos outros importantes destinos turísticos da região.
“Temos certeza que os impactos advindos dessa necessária estrada seriam mitigados com essa pequena mudança para que a estrada não seja na sua totalidade de asfalto, uma vez que esses 11 km são parte de um roteiro com muitos empreendimentos comerciais e nos levam a muitas trilhas e passeios, poços, rios, cachoeiras e mirantes naturais”, pontuaram na carta.
A comissão chama a atenção para aspectos ecológicos, paisagísticos e econômicos que devem nortear essa construção. “Pedimos que se faça uma estrada que preserve nossas belezas naturais, nossa fauna e flora e que se leve em conta que nossa localização nos torna uma importante área de interesse ambiental”.
Jornal da Chapada