Vestidos em sua maioria de branco, os amigos do pediatra natural de Xique-Xique, Júlio Cesar de Queiroz Teixeira, de 44 anos, morto, na manhã da última quinta-feira (23), dentro da clínica particular onde trabalhava, no município de Barra, pediram justiça pelo assassinato. Eles se reuniram no Centro da cidade de Barra e caminharam até a igreja católica do município.
Investigações apontam que o médico foi atingido por quatro tiros, sendo um deles na cabeça. Ele foi socorrido para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. O crime foi presenciado pela esposa do médico, que trabalhava como enfermeira e atuava com o marido nos atendimentos, assim como dois funcionários e uma criança.
O autor do crime e o cúmplice já foram presos nesta semana. Contudo, a polícia ainda busca pelo mandante do crime. No entanto, os familiares questionam a ‘elucidação’ do assassinato, após a Polícia Civil ter emitido nota afirmando que o crime foi encomendado por um homem, que seria o companheiro de uma mulher que teria sido assediada pela vítima.
Os familiares ressaltam que não há fundamentação ou elemento que confirme essa elucidação e assim, a nota seria “precipitada e temerária”. Sabemos que este caso ainda não foi elucidado inclusive pelo fato de que, na mesma nota, a Ascom da Polícia Civil reitera textualmente que ‘as equipes continuam realizando diligências para localizar e prender o mandante do crime”, ressalta o documento da família.
Ao G1, os familiares pontuam uma inconsistência do delegado Ernandes Reis Santos Júnior, coordenador da 14ª Coorpin/Irecê, em que ele afirma, em nota, que “o mandante do homicídio alegou que a vítima teria cometido um suposto assédio a sua esposa e por esse motivo determinou a morte do médico”. “Se a Polícia Civil ainda está em busca do mandante, como ele poderia ter alegado esta motivação?”, questionou o irmão da vítima. Jornal da Chapada com informações de G1 Bahia.