A falta de chuva no interior da Bahia ocasionou a redução de 95% do Rio Paraguaçu, o maior rio totalmente baiano e que nasce na Chapada Diamantina, e praticamente secou o trecho do Rio Jacuípe. Com isso, produtores da região estão relatando perdas de recursos na produção rural e prejuízos econômicos em razão da estiagem.
No Paraguaçu, que desagua na Baía de Todos-os-Santos, o Instituto Nacional de Recursos Hídricos (Inema) já havia reduzido, pela metade, a quantidade de água que pode ser retirada para irrigar as plantações. No entanto, apesar do alerta, o Inema salientou que, até então, não há risco de desabastecimento.
Em contrapartida, os agricultores de frutas, legumes e vinhos das cidades de Ibicoara e Mucugê, localizados na região, afirmam que a produção pode cair ainda mais e levar ao desemprego. “O impacto financeiro às empresas será imenso. E o impacto social serão pelo menos 1500 desempregos”, pontuou José Drummond, produtor rural na região, ao G1.
Conforme informações, a situação é ainda mais preocupante nos rios afluentes. Em um trecho da parte baixa do Rio Utinga, entre as cidades de Vagner e Andaraí, agricultores registraram vídeos de localidades com pouquíssima água, acumulada entre pedras, onde antes corria o rio.
“Nesse momento, a situação do Rio Utinga é a pior possível. São várias perdas de lavoura como vem acontecendo desde 2013”, comentou o coordenador do Movimento SOS Semiárido da Bahia, Nildenor Silva Filho.
Além disso, outro trecho do Rio Jacuípe, que sofre com a seca há anos, desapareceu na maior parte do curso. Entre o fim de 2020 e início deste ano, o rico permanece seco, restando apenas um acumulado de areia e pedras à espera da temporada de chuva. Agricultores perderam toda a lavoura. Jornal da Chapada com informações de G1 Bahia.