O posicionamento homofóbico do jogador de vôlei Maurício de Souza pode custar caro ao seu time e, sob pressão dos patrocinadores, o Minas Tênis Clube decidiu afastá-lo da equipe. O atleta vem fazendo postagens discriminatórias em suas redes e uma delas repercutiu de forma especialmente negativa: no dia 12 de outubro (Dia das Crianças), Maurício criticou a história em quadrinhos do novo Super-Homem, em que personagem aparece beijando outro homem: “Ah é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar…”, escreveu.
Na última terça (26), Fiat e Gerdau, os principais patrocinadores da equipe, usaram suas redes para avisar, em mensagens individuais, que não tolerariam declarações preconceituosas ou que promovessem ódio e exclusão no grupo.
Estamos atentos aos últimos acontecimentos envolvendo o time de vôlei Fiat Minas Gerdau e o jogador Maurício Souza, e portanto, cobrando as medidas cabíveis, de acordo com o nosso posicionamento inegociável diante do respeito à diversidade e à inclusão. pic.twitter.com/GDiAGama2u
— Fiat Automóveis (@FiatBR) October 26, 2021
Um dia antes, o clube também se manifestou e, por meio de nota, afirmou que “respeita a opinião de cada atleta”, mas que também não aceitaria manifestações homofóbicas de seus jogadores. A decisão de afastar Maurício da equipe não é definitiva. Ela pode ser revista caso ele se retrate publicamente.
Companheiro do atleta na seleção brasileira, Douglas Souza agradeceu a Fiat pelo posicionamento. “Obrigado por entender que homofobia não é liberdade de expressão ou opinião. Esperamos mais novidades”, postou Douglas, quando a empresa divulgou a nota de repúdio à atitude do jogador. Não precisou esperar muito: a novidade veio horas depois. O afastamento de Maurício, até então uma ameaça velada, acabou se concretizando. Com informações da Revista Veja.