O ex-presidente Lula e seus aliados estão conversando com todos os diretórios regionais do PT para que tenham candidatos ao Senado e uma chapa grande e competitiva de postulantes a deputados federais. Na composição de chapas com aliados, a vaga de senador, por exemplo, passou a ser mais importante que a de governador em vários estados.
Calejado, o ex-presidente quer garantir que terá o partido com maior número de parlamentares na Câmara e no Senado, caso seja eleito presidente da República nas eleições de 2022. Quer mudar a forma de negociação e mostrar força política já na entrada, caso vença a disputa.
A orientação traz situações inusitadas, especialmente no tocante à disputa pelas vagas de senadores. Em Minas Gerais, o PT sempre colocou como prioridade a disputa pelo Palácio Tiradentes. Para o pleito do próximo ano, isso mudou. O partido ainda não tem postulante ao cargo de governador. Mas já acertou que o deputado federal Reginaldo Lopes será o candidato ao Senado.
No Ceará, o governador em segundo mandato, Camilo Santana (PT), disputará o Senado. Lula estimula uma candidatura a governador por lá, porém, o martelo não está batido.
No Rio de Janeiro, também já existe pré-cndidatura do PT ao Senado: o presidente da Assembleia André Ceciliano. Porém, o partido pode não ter candidato ao Governo de Estado para apoiar o PSB, com Marcelo Freixo, ou Felipe Santa Cruz, que deve ir para o PSD.
O quadro é similar em vários outros estados. Sendo assim, serão difíceis as negociações regionais com partidos aliados, em que muitos também estão de olho nas disputadas por cadeiras de senadores. Com informações do Jornal O Tempo.