A estrada que conecta a comunidade quilombola Corcovado à Palmeiras, na Chapada Diamantina, amanheceu no último domingo (12) coberta de lixo, forçando os moradores a atravessarem pelos dejetos.
Uma das lideranças locais registrou em vídeo o descaso do governo com a comunidade. No vídeo, é possível perceber que os moradores da comunidade precisam passar pelo lixo para acessar a estrada, além da presença de urubus.
A menos de 50 metros das casas do Conjunto Habitacional, que os moradores chamam de “casinhas populares”, é onde descartam todo o lixo produzido pela população de Palmeiras, incluindo o distrito do Vale do Capão.
Os resíduos, no entanto, se espalham pelas estradas e interferem na passagem para a comunidade quilombola do ‘Corcovado’, além das comunidades de ‘Capim’ e ‘Juliano’.
No início de novembro, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) assinou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com os gestores de Palmeiras. Foi definido o prazo de quatro anos para promover a distribuição final adequada dos resíduos, o que inclui a implementação final do aterro sanitário licenciado, que é obrigação por lei desde 2010.
O lixo não é o único problema da comunidade. Eles também são afetados pelas queimadas constantes no local, além de doenças que a manutenção do lixão possibilita.
“Da minha casa para o lixo é cerca de 50 metros, e tem casas mais perto que a minha ainda. Muitas crianças já passaram mal, já foram parar na emergência por causa dos lixos”, contou Fabiana Cardoso Oliveira, de 36 anos, ao Metro1. Jornal da Chapada com informações do Metro1.