Primeira morte pela ômicron no mundo é registrado no Reino Unido, nesta segunda-feira (13). A informação foi divulgada pelo primeiro-ministro Boris Johnson, conforme publicação do portal g1. “Infelizmente a ômicron está gerando hospitalizações e, tristemente, pelo menos um paciente morreu com ômicron, confirmado”, afirmou Johnson em uma visita a uma clínica de vacinação em Londres.
“Acho que a ideia de que esta é, de alguma forma, uma versão mais branda do vírus é algo que precisamos deixar de lado, e apenas reconhecer o ritmo com que ele se acelera pela população.”
Somente no domingo (12), 1.239 novos casos da ômicron foram confirmados no país, elevando o total detectado para 3.137 – 65% a mais que os 1.898 acumulados até o dia anterior. O Reino Unido detectou os primeiros casos da variante no país em 27 de novembro.
O premiê anunciou que todos com 18 anos ou mais na Inglaterra poderão receber uma dose de reforço até o fim do ano. Dados iniciais apontam que a eficácia da vacina contra infecções sintomáticas é significativamente menor contra a ômicron para quem recebeu duas doses, mas que uma terceira dose de ambas as vacinas usadas no país – Pfizer e Moderna – pode aumentar a proteção para mais de 70%.
O ministro da Saúde do Reino Unido, Sajid Javid, afirmou que a variante está se espalhando em um ritmo muito acelerado, algo que eles nunca viram antes. “As infecções [pela variante] estão dobrando a cada dois ou três dias, isso significa que estamos diante de um maremoto de infecções, estamos novamente numa corrida entre a vacina e o vírus.”
Apesar de os sintomas dessa variante serem mais leves, o sistema de saúde pode ficar sobrecarregado, afirmou o ministro.
Novas medidas de enfrentamento
O governo britânico anunciou no domingo (12) medidas adicionais para combater a propagação da variante ômicron:
• ampliação da campanha de vacinação de reforço para os maiores de 30 anos, a partir de segunda-feira (13)
• testagem obrigatória, durante 7 dias, de pessoas vacinadas que entraram em contato com casos confirmados de Covid-19
• isolamento por 10 dias de cidadãos que não foram imunizados e que conviveram com infectados
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (13) acreditar que devam existir mais casos da variante ômicron do coronavírus do que os 11 então mapeados até este domingo (12). “Já foram identificados 11 casos da variante ômicron aqui no Brasil e, com certeza, devem existir mais”, disse Queiroga.
”Quando se identifica uma variante, não é o caso de punir o país que a identificou. Temos que aplaudir quem identifica as variantes do vírus para que possamos nos preparar melhor para combater as ameaças causadas por mutações”, emendou o ministro.
Dos casos identificados:
• cinco estão no estado de São Paulo
• dois no Distrito Federal
• dois no Rio Grande do Sul
• dois em Goiás
A pasta afirmou no domingo que investigava duas notificações em Goiás e uma em Minas Gerais.
Origem da variante na África do Sul
A variante ômicron – também chamada B.1.1529 – foi reportada à Organização Mundial da Saúde (OMS) em 24 de novembro de 2021 pela África do Sul.
O primeiro caso confirmado da B.1.1529 foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021. De acordo com OMS, a variante apresenta um “grande número de mutações”, alguns preocupantes.
“Evidências preliminares sugerem uma alta no risco de reinfecção com a variante, comparada com as outras versões do coronavírus”, disse a agência de Saúde das Nações Unidas em um comunicado.
Nas últimas semanas, as infecções do coronavírus vinham aumentado abruptamente na África do Sul, o que coincide com a detecção da nova variante B.1.1529.
A situação epidemiológica no país tem sido caracterizada por três ondas de casos notificados, sendo que o último tinha sido com a variante delta. Redação do Pernambués Agora com informações do g1.