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#Salvador: Casos de gripe crescem 162,5% na capital e maioria é do vírus H3N2

881 casos (60,1%) são residentes em Salvador | FOTO: Reprodução/Catraca Livre |

Os casos de infecção pelo vírus Influenza mais que dobraram na capital baiana e houve alta de 162,5%, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS). Salvador já vive uma epidemia de gripe. São 147 confirmações até agora, sendo 38 em apenas 24 horas (de quarta para ontem). Nas secretarias da prefeitura, quatro titulares estão afastados por sintomas gripais.

A maioria dos casos na capital é da variante H3N2 (98%, ou seja, 144 notificações). Essa mutação do vírus Influenza A já causou a primeira morte na Bahia, anteontem, de uma mulher de 80 anos, segundo confirmou a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Variante Darwin
Existem vários tipos de gripe causadas pelos vírus Influenza A ou Influenza B. O surto deste ano é de uma das mutações do influenza A, a H3N2, de uma nova cepa apelidada de Darwin, em homenagem ao naturalista, geólogo e biólogo britânico Charles Darwin. Segundo o virologista Gúbio Soares, coordenador do Laboratório de Virologia do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia (ICS-Ufba), a nova cepa surgiu na Austrália.

“Esse vírus vem circulando o mundo inteiro e, agora, com a flexibilização, com festas e shows de até cinco mil pessoas na Bahia e plateia em estádios de futebol, o vírus não encontrou resistência”, explica o pesquisador.

Segundo a SMS, 58% do público-alvo foi vacinado contra a gripe, o equivalente a 416 mil pessoas. Atualmente, podem receber o imunizante trabalhadores da saúde, crianças entre 6 meses e 6 anos; gestantes e puérperas; pessoas com mais de 60 anos; povos indígenas e quilombolas e pessoas com comorbidades ou deficiência permanente. Os postos também aplicam a segunda dose nas crianças vacinadas pela primeira vez em 2021.

28,2% dos casos de gripe geraram hospitalizações na Bahia
Na Bahia, são 170 casos confirmadas de Influenza A H3N2, de acordo com o último boletim divulgado pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lancen-BA). Destes, 48 evoluíram para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e necessitaram de hospitalização. Ou seja, a taxa de internamento é de 28,2% no estado, o que significa que quase um terço dos infectados desenvolveram sintomas graves.

“A predominância dos casos está aqui em Salvador e também temos casos em outros municípios e quatro de outros estados. Alertamos a população sobre os cuidados de prevenção e a vacinação: distanciamento, higiene das mãos e uso de mascara.”, destaca a secretária da Saúde, Tereza Paim.

Além de Salvador, com 144 casos, registraram ocorrências os municípios de Alagoinhas (1), Camaçari (1), Catu (3), Conceição do Jacuípe (1), Eunápolis (1), Feira de Santana (2), Gandu (1), Itabepi (2), Laje (1), Lauro de Freitas (2), Macajuba (1), Porto Seguro (1), Presidente Tancredo Neves (2), São Sebastião do Passé (5), Teolândia (1) e Vitória da Conquista (1). Redação do Pernambués Agora com informações do Correio.

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