O golfinho encontrado na Praia da Paciência, em Salvador, morreu nesta segunda-feira (17), na sede do Instituto de Mamíferos Aquáticos (IMA), onde recebia cuidados depois de ser resgatado por banhistas na quinta-feira (13). Os especialistas apontaram a causa da morte como síndrome por estresse e suspeitam que o animal tenha sido agredido por seres humanos.
A médica veterinária Joana Ikeda informou que a síndrome é comum em golfinhos que estão em processo de reabilitação. Durante o atendimento, foram identificadas marcas na pele do animal que aparentam ser de rede de pesca, além de lesões causas por pancadas. “Ele tinha umas lesões traumáticas na parte do rosto e mandíbula, que são compatíveis com o quadro de agressão. Isso vai ser concluído com a necropsia”, comentou.
O IMA acrescentou que casos de agressões a golfinhos costumam ser atreladas à prática da pesca. “Nossa suspeita é que as agressões tenham sido provocadas por ser humano pelo padrão das lesões. Quando golfinhos caem na rede, acontece dos pescadores baterem para tentar parar o animal. Como ele tem marca de emalhe, nós trabalhamos com essa suspeita”, disse Joana.
Em nota, o instituto lamentou a morte do golfinho e disse que realizou tratamentos de suporte, controle de dor, curativos e um rigoroso protocolo nutricional administrado por sonda gástrica, uma vez que o edema de língua impossibilitava a alimentação sólida. O golfinho foi encontrado por banhistas no Rio Vermelho, em Salvador, na tarde de quinta-feira (13), na parte rasa da praia da Paciência, próximo a uma área de pedras.
Através de imagens é possível ver que os banhistas tentaram manter o animal na água e evitar que ele encalhasse na areia da praia. O Grupo Especial de Proteção Ambiental, da Guarda Municipal de Salvador, monitorou o local e aguardou a chegada do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que fez a retirada do golfinho da praia.
O animal foi sedado e levado para o Instituto de Mamíferos Aquáticos, onde foi examinado pelos especialistas, mas teve a morte confirmada nesta segunda-feira. De janeiro a dezembro do ano passado, 30 resgate de animais deste tipo foram resgatados nas praias de Salvador. Redação do g1 Bahia.
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