O impasse contratual que pode deixar mais de 90 trabalhadores de limpeza urbana desempregados no município de São Sebastião do Passé, na Região Metropolitana de Salvador, foi alvo de críticas da direção do SindilimpBA e do vereador da capital baiana Luiz Carlos Suíca (PT). Nesta sexta-feira (21), a entidade e o edil responsabilizam a prefeita Maria Nilza Santana (PP) pela insegurança trabalhista. O contrato da prefeitura com a empresa prestadora de serviço vence no dia 16 de fevereiro deste ano e os profissionais receberam aviso prévio.
“Ou seja, a prefeitura não vai renovar o contrato e nem fazer um novo pregão para outra contratação. Isso é um absurdo, a insegurança tomou conta dos processos de prestação de serviços no estado. E se a gestão for fazer uma contratação temporária, os profissionais vão perder seus direitos trabalhistas. É isso que estão tentando fazer, retirar direitos e o Ministério Público do Trabalho não pode deixar, vamos entrar com uma denúncia formal e que os responsáveis sejam punidos. Vivemos um período difícil da economia com essa crise sanitária e o trabalho é fundamentalmente necessário”, declara Suíca.
A coordenadora-geral do SindilimpBA, Ana Angélica Rabello, lembra que esse não é um caso isolado e que outros trabalhadores de prefeituras da Região Metropolitana passam pela mesma situação de insegurança trabalhista. “O correto era fazer um pregão para realizar um novo contrato. Mas a prática de contratação direta tem sido corriqueira e um mecanismo utilizado para evitar pagar direitos. Isso acontece na região metropolitana de forma assustadora, imagine nos outros municípios longínquos. Têm trabalhadores que não receberam décimo-terceiro salário até hoje. Pedimos sensibilidade da prefeita”, argumenta Ana. As informações são de assessoria.