O atacante Robinho, condenado em última instância na Itália por violência sexual de grupo, terá seu nome incluído na lista vermelha da Interpol. Com isso, haverá contra o jogador um pedido de prisão provisória em 195 países, para que ele comece a cumprir a pena de nove anos de detenção.
“Não se trata de Robinho, um jogador conhecido. Essa é uma atividade cotidiana, que fazemos centenas de vezes por dia. São muitos casos como o dele”, disse Stefano Opilio, diretor-geral de relações internacionais e cooperação judiciária do Ministério da Justiça italiano, ao site ge.
Opilio, que já acompanha o caso, será o responsável por encaminhar o pedido ao Estado brasileiro – a notificação chegará em Brasília ao Ministério da Justiça. Ele também fará a comunicação à Interpol para o pedido internacional de prisão contra Robinho. O mesmo acontecerá com Ricardo Falco, amigo do jogador, que também foi condenado.
Quando os nomes dos dois estiverem na lista vermelha da Interpol, eles poderão ser presos se saírem do Brasil para os demais 194 países também signatários do sistema internacional de captura.
Em território brasileiro, o próprio Ministério da Justiça italiano considera remota a chance de detenção do jogador. Mesmo condenados em última instância, Robinho e Falco não poderão ser extraditados para a Itália, já que a Constituição de 1988 veta a extradição de cidadãos brasileiros. O atacante atualmente mora em Santos.
Robinho e Falco foram condenados em três instâncias por abusar sexualmente da jovem de origem albanesa, então com 23 anos, na boate Sio Café, em Milão, na madrugada do dia 22 de janeiro de 2013. À época, o atacante era um dos principais jogadores do Milan. As informações são do Correio.