A Justiça italiana registrou nesta segunda-feira (31), na Procuradoria de Milão, Itália, o pedido de execução de pena contra o jogador Robinho e seu amigo, Ricardo Falco. Os dois foram condenados a nove anos de prisão no último dia 19 por violência sexual em grupo.
O registro é o primeiro ato para o pedido de extradição e de um mandado simultâneo de prisão internacional que devem ser apresentados nos próximos dias. A Constituição Federal de 1988 não permite que brasileiros natos sejam extraditados. A dupla, no entanto, com o pedido internacional de prisão, pode ser detida caso realize uma viagem para fora do país.
A Itália também pode solicitar ao governo brasileiro que os dois cumpram pena uma penitenciária do Brasil, mas o código penal limita a homologação de sentença estrangeira.
O caso
O fato ocorreu em janeiro de 2013, quando Robinho defendia a equipe italiana do Milan. A sentença pela condenação pesou a troca de mensagens e escutas, nas quais o jogador fala sobre a noite do crime.
Em uma das mensagens, avisado por um amigo a respeito da investigação, Robinho disse, em tom despreocupado: “Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”.
Conforme a sentença da primeira instância, o ídolo do Santos Futebol Clube, Ricardo e outros quatro amigos abusaram sexualmente da jovem albanesa de 23 anos, dentro de uma casa noturna.
Ela estaria alcoolizada “ao ponto de ficar inconsciente” e teve relações sexuais em uma situação em que não era capaz de resistir ou se defender. Redação da Revista Fórum com informações do Globo.