Após o general da reserva do Exército, Hamilton Mourão (PRTB), ter se adiantado e condenado as ações russas na Ucrânia, Jair Bolsonaro se queixou da manifestação do vice-presidente durante transmissão de ‘live’ na quinta-feira (24). “Deixar bem claro: o artigo 84 da Constituição diz que quem fala sobre esse assunto é o presidente. E o presidente chama-se Jair Messias Bolsonaro e ponto final”, reclamou.
“Então, com todo respeito a essa pessoa que falou isso, eu vi as imagens, falou mesmo, está falando algo que não deve, não é de competência dela [Hamilton Mourão]. É de competência nossa”, acrescentou, sem mencionar o nome do vice, mas mostrando o print de uma notícia que traz Mourão no título.
Na ocasião, Bolsonaro estava acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França. “Quando é que eu falo qualquer coisa sobre esse problema Rússia e Ucrânia? Falo depois de ouvir o ministro Carlos França, das Relações Exteriores, e o da Defesa, Braga Netto, e ponto final”, continuou. “A decisão é minha, mas eu quero ouvir pessoas que realmente são ministros para tratar desses assuntos. Nós somos da paz, nós queremos a paz”, apontou Bolsonaro.
Comentário de Mourão
Em comentário feito, aos jornalistas, na entrada do Palácio do Planalto, Mourão defendeu uma ação militar dos países do Ocidente contra os russos e comparou o presidente Vladimir Putin ao líder da Alemanha Nazista, Adolf Hitler.
“Precisa haver o uso da força, realmente um apoio à Ucrânia, mais do que está sendo colocado. Essa é a minha visão. Se o mundo ocidental pura e simplesmente deixar que a Ucrânia caia por terra, o próximo será a Bulgária, depois os Estados bálticos, e assim sucessivamente, assim como a Alemanha hitlerista fez nos anos 30”, declarou.
Jornal da Chapada com informações de O Tempo.