Neste dia 8 de março, terça-feira, comemora-se o dia internacional da mulher. Uma data marcante na luta delas, que são a maior parte da população mundial, e estão na vida de cada um de nós. Neste dia, muita gente foca em flores e outros bens materiais para presenteá-las, mas esquece do maior presente que pode ser dado: respeito.
Em uma sociedade onde os cargos de poder são majoritariamente masculinos, as mulheres vêm buscando diminuir essa diferença fazendo algo que elas fazem muito bem: empreender. No Brasil, segundo dados da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), as mulheres constituem cerca de 50% dos empreendedores, número esse que é ainda maior na área de saúde e beleza, e na artística.
Atualmente, muitas profissionais estão focando em si mesmas, abrindo seu próprio negócio ou usando as redes sociais como instrumento político de empoderamento e sucesso. Foi o que aconteceu com a ginecologista Michelly Motta, que largou a estabilidade do emprego público e decidiu abrir seu próprio consultório, impulsionada pelo sucesso das redes.
“Depois que eu comecei a produzir conteúdo para as redes sociais, percebi como eu impactava positivamente na vida de outras mulheres, então decidi sair do meu emprego público e abrir meu consultório. Hoje vejo que foi a melhor decisão da minha vida”, conta a médica.
Para Michelly, o crescimento do empreendedorismo feminino está relacionado a ascensão das redes sociais, por sua capacidade democrática de atingir a todos, sendo fundamental no combate ao preconceito e machismo.
“Invistam nas redes sociais, bastante. Mostrar sua essência, sem vergonha de medo ou julgamentos. Para cada crítica, haverá pessoas que sentem sua dor e te entendem”, ressalta.
Abrir um consultório próprio se tornou comum entre as mulheres da área, porém elas não se contentaram apenas com um espaço de trabalho próprio, e decidiram se tornar franqueadoras. Essa é a história da ortodontista Jozyane Mazzei. Após anos trabalhando pra terceiros, abriu seu próprio consultório, mas decidiu que queria mais, queria se tornar uma empresária, e conseguiu.
“Empreender é governar para mim mesma, e foi isso que fiz. Junto com minha sócia, abrimos uma franquia da Orthopride (famosa rede de consultórios odontológicos), e o sucesso foi tanto que, em menos de um ano, já estamos na segunda unidade”, salienta.
A decisão de se tornar franqueadora não foi à toa. Além de ter o próprio negócio, ela pode ajudar outras mulheres oferecendo emprego e suporte, prática comum em suas franquias.
“Eu busco dar preferência a mulheres, ter essa geração de emprego feminino, até como uma forma de romper barreiras e inspirar. É escolher pessoas para sonhar comigo”, exalta Jozyane.
O Brasil ainda é um país onde empreender é um desafio, e a receita de sucesso está ligada a inovação. Foi pensando nisso que a fonoaudióloga Luciana Oliveira decidiu abrir a Lume, um espaço inovador que mescla as técnicas fonoaudiológicas com aulas de canto. Luciana foi pioneira em unir as duas técnicas num mesmo espaço.
“Nós estamos acostumadas a ouvir o termo “homem de negócios”, mas quando uma mulher faz o mesmo é chamada de guerreira, batalhadora. Esse cenário precisa mudar, e estamos aqui pra isso. Lugar de mulher é onde ela quiser, então acredite no seu sonho, na sua força e acima de tudo, na coletividade feminina”, pontua Luciana.
O negócio surgiu em plena pandemia, e mesmo assim conseguiu não apenas se manter, mas prosperar. Luciana fala que não basta apenas construir um negócio ou marca forte, mas que é preciso focar no quesito mais importante de todos: o lado humano.
“O meu objetivo como fundadora e diretora da Lume é trazer, acima de tudo, uma visão global e humanista da voz, um elemento fundamental não apenas no lado profissional, mas em questões como autoestima e sororidade. É mostrar a todos, em especial as mulheres, que temos voz, e seremos ouvidas!”, exclama a fonoaudióloga.
E se engana quem acha que precisa de muito para empreender e crescer na vida. A piauiense Thaisa Costa é um exemplo de como a dedicação faz a diferença. A jovem começou cedo como maquiadora, e decidiu focar seu trabalho nas redes sociais, com tutoriais e maquiagem alternativas. Com o rápido crescimento lançou o projeto Maquiagem Independente, que já está com mais de 13 mil alunos, em sua segunda edição.
“Eu tive que sair do meu estúdio, pois era pequeno e não dava conta de alcançar a todos, e foi na internet que pude mostrar mais de mim pras pessoas. A maquiagem está sim relacionada a beleza, mas é maior do que isso. É empoderamento”, pontua Thaisa.
A maquiadora possui mais de meio milhão de seguidores nas redes sociais, sendo seu público composto majoritariamente por mulheres. Apesar disso, conta que não está impune de um machismo institucionalizado.
“Uma vez me falaram que eu não deveria usar batom vermelho, pois seria muito sensual e daria uma impressão errada. Esse tipo de pensamento é um absurdo. Por isso que eu digo, se maquiar é um ato de resistência”, declarou.
E pra quem acha que o empreendedorismo feminino está restrito ao país, a dançarina Lua Cazul nos mostra o contrário. Criadora da cia de dança House of Cazul, a artista produziu espetáculos e workshops internacionais, na Colômbia e em Shangai. Atualmente na china, ela se uniu com outras mulheres e começou uma nova empreitada, a Foxxy Motion, que tem como foco criar e produzir performances artísticas representativas.
“Quando comecei na carreira artística, ficou nítido que eu precisaria criar, produzir e executar meus próprios projetos para me sentir completa. Levar toda essa experiência para um país como a china, tão diferente culturalmente, foi algo desafiador. E o que eu mais levo dessa experiência é que o sucesso veio porque sempre apoiamos umas às outras”, cita.
A dançarina ainda comenta sobre as diversas situações desconfortáveis que passou, tanto no Brasil quanto na china, e que nunca baixou a cabeça ou se calou.
“Infelizmente vivemos em uma sociedade que ainda não reconhece o valor feminino. Uma sociedade que teme uma mulher que demonstra atitude e opinião. Quanto mais nos atentarmos a essas situações, melhor conseguimos nos apoiar e reverter esse ciclo.”
As mulheres são independentes, empreendedoras e poderosas. Valorizem-nas, pois não são apenas mães e filhas. São médicas, artistas, empresárias, influenciadoras. Estes foram alguns cases de sucesso, de mulheres que superaram as adversidades e construíram seu nome. Elas não querem só flores, elas querem o mundo.
Para saber mais sobre a vida destas mulheres incríveis;
Michelly Motta, acesse https://linktr.ee/michellymotta
Jozyane Mazzei, acesse https://www.instagram.com/dra.jozyanemazzei/
Luciana Oliveira, acesse https://www.lumevoz.com/
Thaísa Costa, acesse https://www.instagram.com/thaisacosta/
Lua Cazul, acesse https://linktr.ee/luacazulmilan
Com informações de assessoria.