A viúva do empresário Leandro Troesch, encontrado morto dentro de um dos quartos da Pousada Paraíso Perdido, chegou em Salvador, teve a prisão temporária mantida pela Justiça após uma audiência realizada nesta quinta-feira (12). Shirley da Silva Figueredo foi presa na última segunda-feira (9), no município de Iaçu, na Chapada Diamantina. No mesmo dia, ela foi encaminhada para a capital baiana.
A viúva de Leandro Troesch é suspeita de envolvimento na morte do marido. Shirley foi detida por descumprir as medidas de prisão domiciliar. Ela já havia sido condenada a nove anos de detenção por participar de um crime de extorsão mediante sequestro, junto com o marido, em 2001. Ela estava em prisão domiciliar e fugiu após a morte do empresário, ocorrida em fevereiro deste ano.
Leandro foi encontrado morto dentro da própria pousada, que fica em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia. A polícia acredita que Shirley tem envolvimento na morte do então companheiro, e informou que a prisão dela “vai ajudar a esclarecer as circunstâncias da morte do empresário”.
Segundo a Polícia Civil, Shirley foi apresentada na sede do Departamento de Polícia do Interior (Depin) no Centro de Salvador. A audiência de Shirley foi virtual e aconteceu na Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), onde ela está à disposição da Justiça. A suspeita deve ser transferida para o Presídio Feminino.
Participação de Maqueila Bastos
Maqueila Bastos, amiga de Shirley, teve a prisão temporária decretada no dia 14 de março, por suspeita de também ter envolvimento na morte de Leandro. Ela foi encontrada na cidade de Aracaju, em Sergipe, no dia 24 de março, e transferida para Salvador no dia 11 de abril.
A investigada foi solta no dia 22 de abril, porque a Justiça decidiu não manter a prisão dela, por falta de provas. Na época, o g1 teve acesso ao inquérito policial onde Maqueila revelou que teve um relacionamento amoroso com Shirley. Ela disse ainda que Leandro sabia da relação.
Entenda o caso
Leandro Troesch, dono da Paraíso Perdido, foi encontrado morto dentro de um dos quartos do estabelecimento, com marca de tiro na cabeça. Ele também já havia sido preso e condenado a 14 anos de prisão por crimes de sequestro e extorsão cometido em 2001. Este ano, ele estava em prisão domiciliar na pousada, assim como Shirley.
Em depoimento à polícia, a viúva disse que estava no banheiro e somente ouviu o barulho do tiro. Dias depois da morte de Leandro, no início de março, Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy, que era o “braço direito” do empresário, foi assassinado a tiros e tinha marca de golpes de faca no corpo.
Ele era uma testemunha fundamental na investigação. Marcel, que tinha envolvimento com drogas, foi morto no dia 6 de março, às vésperas de ser ouvido pela polícia, no distrito de Camassandi, que também fica em Jaguaripe.
O homem, que era funcionário de confiança de Leandro, prestou depoimento logo após a morte do empresário, mas seria ouvido, mais uma vez, no dia 7 de março. O delegado Rafael Magalhães, que investiga o caso, afirmou que o cofre da pousada foi esvaziado e que o local do crime foi alterado, após a morte de Leandro. Com informações do g1 Bahia.