O Ministério Público Federal (MPF), em Sergipe, estabeleceu, nesta quinta-feira (26), prazo de 48 horas para que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) se explique sobre o assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, por agentes da corporação.
Além disso, solicita o envio de informações sobre o procedimento administrativo instaurado para apurar a conduta dos agentes que estiveram na desastrosa abordagem, nesta quarta (25).
O caso ocorreu no município de Umbaúba, cerca de 100 quilômetros de Aracaju (SE). O MPF também pediu informações à Delegacia de Polícia Civil da cidade.
Durante a ação truculenta, o homem foi imobilizado e colocado dentro do porta-malas da viatura da PRF. Os policiais jogaram gás no local e forçaram a vítima e inalar a substância.
De acordo com laudo divulgado pelo Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. A Polícia Federal abriu inquérito, com o objetivo de apurar a morte do homem.
População protesta contra ação criminosa da PRF: “assassinos e animais”
Dezenas de manifestantes protestaram, na manhã desta quinta-feira (26), na BR-101, em Umbaúba, onde Genivaldo foi amarrado e covardemente asfixiado antes em uma espécie de “câmara de gás” feita por agentes da PRF no porta-malas de uma viatura, antes de morrer em um hospital.
Os manifestantes – moradores locais, amigos e familiares de Genivaldo – atearam fogo em pneus e bloquearam trechos da via. Com faixas e cartazes, eles pediram justiça e punição aos policiais responsáveis pela morte do homem, que sofria de esquizofrenia e não cometeu nenhum crime.
“PRF, vocês são assassinos. Bando de animais”, diz cartaz erguido por um dos manifestantes. “Umbaúba clama por Justiça”, é possível ler em outro. Com informações da Revista Fórum.
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