Um posicionamento favorável à redução da maioridade penal, a programas sociais de distribuição de renda e à revogação da reforma trabalhista aumenta a chance de um candidato à Presidência ser escolhido para 62%, 61% e 41% dos eleitores, respectivamente, mostra pesquisa BTG/FSP divulgada nesta segunda-feira, 30. Por outro lado, 54% perdem interesse em um postulante que defenda a legalização do aborto e 45% não querem votar em defensores do porte de armas.
A média geral do eleitorado é impulsionada pelos entrevistados simpáticos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aumentam sua vontade de votar no petista se ele defender programas sociais (68%), a definição da maioridade penal em 16 anos (52%) e o fim da reforma trabalhista (49%). A legalização do aborto é interessante apenas para 26% destes eleitores.
A argumentação favorável à redução da maioridade penal em período de campanha é uma das pautas que mais aproximam o eleitorado de Lula e de Jair Bolsonaro (PL). Ao menos 74% dos apoiadores do presidente dizem aumentar a certeza do voto quando ele advoga pelo tema. Estes eleitores também estão interessados em programas de distribuição de renda (51%) , como o Auxílio Brasil e na defesa do porte de armas (52%).
A defesa de privatizações pode aumentar a chance de voto em Bolsonaro para 48% de seus eleitores. Este será também um dos temas mais caros à pré-candidata do MDB, Simone Tebet: 43% dos entrevistados que dizem votar nela estão propensos a confirmar a escolha se ela mantiver o tema na agenda de campanha.
A pauta que menos vai interferir na escolha dos eleitores, segundo a pesquisa, é a união de pessoas do mesmo sexo. O posicionamento a favor do tema não interfere o voto de 48% dos eleitores. O levantamento foi realizado por telefone, entre os dias 27 e 29 de maio de 2022. Foram entrevistados 2 mil eleitores. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob o número TSE: BR-03196/2022. As informações são do Estadão.