O ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enviou na última terça-feira (21), ao Ministério Público Eleitoral, um pedido apresentado pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja investigado pelo suposto uso de dinheiro público para fazer propaganda eleitoral antecipada.
O pedido do deputado questiona os gastos de Bolsonaro em 15 de abril, data em que foi realizada uma motociata em apoio ao presidente em São Paulo. Segundo o parlamentar, só no mês de abril, os Cartões de Pagamento do Governo Federal (CPGF), popularmente conhecidos como cartões corporativos ligados à Presidência, somaram custos de R$ 4,2 milhões. O montante é similar àquele registrado entre janeiro e março de 2022, que foi de R$ 4,6 milhões.
O relatório apresentado pelo deputado também identificou outra motociata, feita por Bolsonaro em 20 de abril em Rio Verde, interior de Goiás, além de um desfile do chefe do Executivo na carroceria de uma caminhonete.
No mês de maio, Moraes já havia determinado que uma associação de Campinas informasse e comprovasse o montante financeiro que supostamente foi arrecadado ou direcionado para a motociata do presidente Jair Bolsonaro realizada no dia 15 de abril.
A ação foi apresentada pelo PDT. Segundo Moraes, no caso, o partido comprovou a venda de ingressos na realização de eventos que servem para promover a reeleição.
Em 10 de junho, o Tribunal de Contas da União (TCU) abriu procedimento para investigar supostos gastos em duplicidade no cartão corporativo do governo de Jair Bolsonaro. O pedido foi apresentado pelo deputado Elias Vaz e o relator será o ministro Antonio Anastasia. Com informações da CNN Brasil.