A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta segunda-feira (27) uma notícia-crime apresentada pelo PT contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) em razão do escândalo do chamado “bolsolão do MEC”. As investigações sobre o suposto esquema de corrupção no Ministério da Educação chegaram a levar o ex-ministro Milton Ribeiro à prisão na última quarta-feira (22), mas ele foi solto no dia seguinte.
A notícia-crime, apresentada pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), cobra que o presidente Jair Bolsonaro seja investigado pelos supostos crimes de tráfico de influência, advocacia administrativa, corrupção e organização criminosa. Milton Ribeiro é investigado pelos mesmos crimes.
“O grupo criminoso que atuava no Ministério da Educação e no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação agia em nome, a pedido e por delegação do Presidente da República, o que demonstra que este tinha total controle e dominava toda a empreitada delituosa, de modo que não pode ser excluído da investigação em curso e das punições que vierem, em tese, a ocorrer”, diz Lopes na ação apresentada ao STF.
O deputado encaminhou a notícia-crime após a deflagração da Operação Acesso Pago da Polícia Federal (PF), que resultou na prisão preventiva de Ribeiro. Áudios vazados do ex-ministro Milton Ribeiro e da esposa dele, Myriam Ribeiro, na sexta-feira (24) indicam que Bolsonaro repassou informações sigilosas da Polícia Federal para o ex-titular do Ministério da Educação. Redação da Revista Fórum com informações do Estadão.