O ex-presidente da Caixa Econômica Pedro Guimarães não exerceu o seu direito à defesa na investigação em curso no Ministério Público do Trabalho (MPT) que apura as denúncias de assédio sexual e moral praticados por ele quando presidia a instituição.
Segundo o procurador responsável pela investigação, Paulo Neto, Pedro Guimarães optou por não exercer o seu direito à defesa na investigação. “Era uma faculdade dele responder ou não. A Constituição garante o direito de defesa a todo acusado, mas ele não é obrigado”, declarou Neto.
Ainda que não seja obrigatória, a apresentação da defesa é considera uma parte importante no processo, principalmente em escândalos de grandes proporções como é o caso de Pedro Guimarães, acusado de praticar assédio sexual e moral na Caixa.
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, é acusado de assédio sexual por várias funcionárias do banco público.
Após se unirem e denunciarem a suposta conduta do chefe máximo da instituição às autoridades, no final do ano passado, o caso está agora nas mãos do Ministério Público Federal (MPF), que o investiga sob sigilo. As informações foram reportadas com exclusividade pelo jornalista Rodrigo Rangel, do portal Metrópoles.
Bolsonarista convicto a reverberar as groselhas ideológicas de seu ídolo, o que o fez ganhar proximidade com o núcleo central do poder em Brasília, o carioca Pedro Guimarães era um economista com longa carreira em instituições financeiras privadas, até o convite de Jair Bolsonaro, logo após sua eleição, para assumir o gigante estatal de 161 anos.
Os casos de assédio teriam ocorrido em situações em que funcionárias viajavam com Pedro Guimarães por determinação dele. As depoentes dizem que chamar mulheres que despertavam interesse no presidente da Caixa para ir a vários lugares do Brasil, supostamente a trabalho, era uma conduta cotidiana na agenda do bolsonarista.
Pedro Guimarães oficializa demissão
Pedro Guimarães não é mais presidente da Caixa Econômica Federal (CEF). Diante das acusações de assédio sexual, por parte de servidoras do banco, sua situação ficou insustentável.
Em carta, Guimarães declara que é vítima de perseguição e que nega que tenha assediado sexualmente e moralmente funcionários da Caixa Econômica. Com informações da Revista Fórum.