O desembargador do Tribunal de Justiça de Maceió (AL) Adamastor Tenório Accioly é alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga irregularidades no judiciário de Alagoas.
Adamastor Tenório Accioly é o desembargador responsável pela decisão que salvou a carreira política de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados.
De acordo com informações da PF, 15 mandados de busca foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que tem a prerrogativa de julgar magistrados de segundo grau.
Batizada de Pecunia non olet (O dinheiro não tem cheiro), a operação da PF investiga supostos casos de corrupção e advocacia administrativa. O caso corre em segredo de Justiça.
Segundo a PF, agentes públicos e advogados fizeram a intermediação do retardamento de julgamento e de decisões relacionadas a uma empresa da área de educação em troca de pagamentos. Além de Alagoas, mandados foram cumpridos no Paraná.
Em 2018, Adamastor assinou individualmente um despacho que liberou a candidatura de Lira, pois, suspendeu efeitos de condenação cível decorrente da Operação Taturana, que levantava desvios na Assembleia Legislativa de Alagoas nos anos 2000.
Lira e outros deputado foram condenados por improbidade administrativa e condenados em segunda instância. Com isso, tornaram-se fichas sujas.
Com justificativa, o magistrado investigado por corrupção declarou que Lira “poderia sofrer danos irreparáveis” caso não pudesse disputar as eleições de 2018.
O Ministério Público recorreu da decisão, mas o STF rejeitou rever a decisão do desembargador. Redação da Revista Fórum com informações da Folha de S. Paulo.