Desde fevereiro deste ano, o engenheiro e morador da capital baiana está autorizado a cultivar a planta cannabis, que é o remédio dele. Ele é o único em Salvador com autorização judicial para o cultivo e para produtos derivados dela, como o óleo e a pomada, sem risco de ser preso. Mantidas sob luz e temperatura controladas ao todo são 20 pés de maconha.
“Não quero ser ‘o cara que planta maconha’”, justifica ele, diagnosticado com problemas reumatológicos que causam dores crônicas. Há uma lista de 26 doenças e sintomas que podem ser amenizados pelo tratamento com cannabis.
O Habeas Corpus (HC) preventivo concedido ao engenheiro é uma possibilidade jurídica encontrada por pessoas que usam cannabis medicinalmente. Como a planta é ilegal no Brasil, o instrumento evita riscos penais, mas é atendido na minoria das vezes, ainda que os pacientes possuam respaldo médico.
“Esse é o meu remédio. Me sinto muito melhor hoje”, diz ele, enquanto segura plantas secas de cannabis. Há registros de HC para cultivo em Salvador, Vitória da Conquista, Ilhéus e Porto Seguro – provavelmente o primeiro, expedido em 2019.
Desde 2019, a Anvisa autoriza a importação e a compra de derivados de cannabis com prescrição. No ano passado, 35 mil pessoas solicitaram a importação. Com informações do Correio.