Os casos de Varíola de macacos estão em franca ascensão no Brasil e registram aumento de 767,7% de pacientes confirmados no último mês. Com isso, o país é o 3º no mundo com o maior número de casos.
Até o dia 20 de julho, o Ministério da Saúde registrava 449 casos confirmados, mas, balanço apresentado pela pasta nesta terça-feira (23) mostra que o país tem 3.896 pessoas infectadas com a varíola.
Com o avanço da Varíola dos macacos, também aumentou a faixa etária de pessoas infectadas, que antes estava concentrada entre homens adultos. Os estados de São Paulo e Bahia registraram infecção entre bebês com menos de um ano.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, um dos pacientes tem apenas dez meses e apresentou os sintomas no dia 11. Segundo a pasta, o quadro clínico do bebê é estável e ele está em isolamento domiciliar.
O outro bebê infectado com a varíola dos macacos é da cidade de Conceição do Jacuípe, interior da Bahia. Ele tem dois meses e apresentou os sintomas no último dia 5.
Outro grupo que começa a apresentar aumento de casos é o de mulheres, que aumentou de 1,4% para 6,8%.
A faixa etária de boa parte dos pacientes com varíola dos macacos também mudou e hoje ela atinge pessoas com idade de 20 a 29 anos, tal grupo representa 44,2% do total dos casos.
Por sua vez, o grupo de pessoas com idade entre 30 e 39 anos, que antes representavam a maioria dos casos, agora representam 19,9%.
Anvisa autoriza importação de remédios e vacina sem registros no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou na última sexta-feira (19) a importação de medicamentos e vacinas contra a varíola dos macacos (monkeypox) sem registros no Brasil. A medida tem caráter excepcional e temporário.
A Anvisa ressalta que não dispensa de fato o registro, mas estabelece um método de autorizar produtos de combate à varíola do macaco de maneira mais rápida. Toda a direção da agência votou a favor da medida.
Na prática, a medida permite que o Ministério da Saúde pode solicitar à Agência a dispensa de registro de medicamentos e vacinas que já tenham sido aprovados por agências internacionais. A medida também simplifica a análise de documentos e facilita o acesso da população aos medicamentos e ou vacinas.
Também ficou estabelecido que caberá ao Ministério da Saúde definir os grupos vulneráveis e prioritários para uso do medicamento ou vacina bem como promover o monitoramento dos medicamentos ou vacinas importados e gerenciar as orientações para notificações de eventos adversos e queixas técnicas e as orientações aos serviços de saúde.
O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, declarou que “a dispensa de registro é um procedimento regulatório, não é deixar de regular, nem deixar de atuar”.
A medida passa a valer assim que for publicada no Diário Oficial, o que deve ocorrer nesta sexta-feira em edição extra. Redação da Revista Fórum com informações do Estado de S. Paulo.