“Como alguém que até hoje faz propaganda dizendo que trabalhou, ‘dedicou o máximo da energia’ quando foi prefeito de Salvador, consegue acumular uma fortuna nesse período de quase R$ 30 milhões, sendo que o salário não passou dos R$ 25 mil/mês?”, questionou o líder do PT na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Osni Cardoso, após reportagem do Jornal A Tarde, publicada nesta segunda-feira (5), apontar que o patrimônio do ex-prefeito ACM Neto cresceu quase 5.000% nos últimos 15 anos, período em que o candidato a governador pelo União Brasil atuou apenas como político.
Com base em dados declarados pelo próprio ACM Neto à Justiça Eleitoral, nos oito anos que “se dedicou” a trabalhar por Salvador, o ex-gestor viu sua fortuna saltar no 1º mandato de R$ 13,3 milhões para R$ 27,8 milhões e, dois anos após concluir seu segundo mandato como prefeito, em 2020, observou seu patrimônio quase dobrar para R$ 41,7 milhões, se tornando o candidato a governador de Estado mais rico do Nordeste.
“O ex-prefeito tem afirmado estar diante da maior missão que já encarou desde que entrou na vida pública. A dúvida minha e a dos baianos e baianas é se essa ‘nova missão’ é continuar aumentando sua fortuna de forma ultrarrápida, sem garantir a transparência devida da origem de tanto dinheiro”, cobrou o líder petista, ao lembrar que a partir da Constituição de 1988, a democracia exige que o político seja transparente.
“Devemos sempre prestar contas do que fazemos e de como empregamos o dinheiro público. A transparência é condição do serviço público. Ser transparente é ser democrático e honesto”, concluiu o parlamentar. Com informações de assessoria.
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