Os professores das universidades estaduais da Bahia realizam paralisação de 24 horas, nesta quinta-feira (25), com programação também em Salvador, em razão da situação orçamentária. A concentração começou às 9h30 e seguiu em caminhada do antigo Bahia Café Hall até à Secretaria de Educação (SEC).
Já no turno da tarde, a partir das 14h, haverá uma aula pública sobre a situação e a carreira docente. Participam da paralisação os professores da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).
As manifestações marcam a luta das universidades por mais orçamento para instituições, defesa dos direitos e por reajuste salarial. O movimento também reivindica a reabertura de diálogo com a bandeira do “Negocia Rui”. Segundo eles, no final do mês de setembro completam 1.000 dias com mesa de negociação interrompida pelo governo.
Eles afirmam que um dos alertas é a situação orçamentária das Universidades Estaduais Baianas. Dados do governo apontam que entre 2002 e 2021, o repasse dos recursos da Receita Líquida de Impostos (RLI) para as instituições foi o menor em 20 anos. Os professores ainda reclamam que durante sete anos de governo Rui Costa (PT) os salários da categoria estiveram congelados.
“O governo divulga para imprensa apenas números absolutos para camuflar o quadro de desinvestimento. Qualquer análise comparativa dos números públicos no Portal da Transparência, nos relatórios da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) e das próprias universidades mostram que, ao passo que as arrecadações estaduais cresceram, o investimento na Uefs, Uneb, Uesb e Uesc diminuiu. É como se o governo Rui Costa fizesse ‘caixa’ às custas do nosso trabalho e de tudo que a universidade produz em termos de ensino, pesquisa e extensão”, pontua Alexandre Galvão, diretor da Adusb e coordenador do Fórum das ADs.
Jornal da Chapada