O Procon Goiás fiscalizou nesta quarta-feira (5) o frigorífico, em Goiânia, que divulgou e vendeu o quilo da “picanha mito” por R$ 22, no último domingo (2), dia do primeiro turno das eleições. A peça custa R$ 129,99, porém as pessoas que foram até o estabelecimento com a camisa da Seleção Brasileira receberam o desconto. O órgão encontrou quase 50 quilos de carne imprópria (podre) para o consumo.
A ação gerou longas filas e provocou tumulto entre os clientes na porta do frigorífico. A Polícia Militar (PM) foi acionada, pois uma mulher que estava no meio da confusão passou mal e morreu após procurar atendimento médico. O caso foi registrado inicialmente como morte acidental na Polícia Civil (PC). A promoção repercutiu na imprensa e a Justiça Eleitoral determinou a suspensão da promoção devido ao risco de prejudicar a legitimidade do processo eleitoral.
Atuação do Procon
O Procon Goiás notificou o frigorífico a prestar esclarecimentos no prazo de 10 dias sobre a promoção. Segundo o órgão, a ação tem indícios de abusividade contra o consumidor. Por isso, solicitou a relação de produtos ofertados no dia com as informações sobre os preços reais, promocionais, duração da oferta e condições impostas ao consumidor para participar.
“Também foram pedidas imagens capturadas pelas câmeras de segurança, em especial as localizadas no interior da loja, durante a realização da promoção. A empresa foi autuada e pode pagar uma multa que varia de R$ 754 a R$ 11,3 milhões”, informou o órgão.
Balanço
Além disso, durante a fiscalização, foram apreendidos mais de 44 quilos de carne refrigerada sem informações sobre a data da embalagem e o prazo de validade, 5,5 quilos de carne e 10 unidades de tempero e suco de laranja vencidos. “Os alimentos e bebidas foram descartados no local”, finalizou o Procon.
A reportagem entrou em contato com o Frigorífico Goiás por meio de ligações e WhatsApp, porém não obteve retorno até a última atualização desta matéria. Com informações d’O Popular.