Parte dos golpistas presos por participação nos atos de terrorismo em Brasília no dia 8 de janeiro, além de perderem a liberdade, devem sofrer revés financeiro. Nesta terça-feira (24), a Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com ação cautelar na Justiça Federal do Distrito Federal em que solicita o bloqueio de bens de ao menos 40 bolsonaristas radicais que foram presos em flagrante por conta da depredação aos prédios dos Três Poderes.
Antes, a AGU já havia pedido o bloqueio de bens de pessoas e empresas apontadas como financiadoras dos ônibus que levaram os golpistas à capital federal para os atos terroristas. A todo, o órgão que representa a União solicita o bloqueio de R$ 18,5 milhões em bens desses bolsonaristas envolvidos com terrorismo, incluindo carros, imóveis e valores em contas bancárias.
A cifra do total a ser bloqueado, caso a ação seja aceita pela Justiça Federal, leva em consideração relatórios de estimativas de danos apresentados pelo Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF), Senado Federal e Câmara Federal.
Segundo a AGU, esses bolsonaristas “participaram da materialização dos atos de invasão e depredação de prédios públicos federais (…) tanto que em meio a esses atos foram presos em flagrante como responsáveis pelos atos de vandalismo nas dependências dos prédios dos três Poderes da República e em face dos mesmos foi decretada prisão preventiva”.
O órgão destaca ainda que os acusados “participaram ativamente em atos ilícitos dos quais, mais que os danos materiais ao patrimônio público federal objeto desta ação, resultaram danos à própria ordem democrática e à imagem brasileira”, razão pela qual devem reparar os prejuízos causados em regime de solidariedade, nos termos do Código Civil.
Presos
O bloqueio dos bens dos acusados de financiar ônibus para os atos golpistas foi aceito pela Justiça. Logo, espera-se que o novo pedido da AGU também seja atendido. Ao todo, 1.984 pessoas foram presas após o levante terrorista. Deste total, 1.030 permanecem encarceradas no Complexo Penitenciário da Papuda e na Penitenciária Feminina Colmeia, ambas no Distrito Federal. Com informações da Revista Fórum.