Nos EUA desde 30 de dezembro de 2022, Jair Bolsonaro sinalizou em entrevista no último sábado (4) ao influenciador de extrema direita Charlie Kirk, conhecido como divulgador de teses da “supremacia branca”, uma vertente do neonazismo, que fugiu do Brasil pois já saberia dos atos terroristas que seriam encampados por seus apoiadores em Brasília no dia 8 de janeiro.
Citado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES) em uma trama golpista que envolveria grampear o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para arrancar uma declaração comprometedora do magistrado e, como consequência, se manter no poder em detrimento da vitória eleitoral do presidente Lula, Bolsonaro afirmou que foi para os EUA pois sabia que os primeiros dias do novo governo seriam “conturbados”.
“A minha intenção em vir pra cá é ficar afastado do início do governo que assumiu. Eu sabia que seria bastante conturbado e não queria ser acusado de colaborar com uma forma desastrada de começar aquele governo”, disparou.
Na mesma entrevista, o ex-presidente afirmou que retornará ao Brasil “nas próximas semanas” para fazer uma “oposição responsável” contra o governo Lula. Ele ainda disse que se sente na “obrigação” de “coordenar “novas lideranças” que têm surgido na extrema direita brasileira.
🚨Exclusive🚨 I sat down with @jairbolsonaro and discussed his plans to return to politics and lead a “responsible opposition” by returning to Brazil in the next few weeks. pic.twitter.com/xJsr55r6Ya
— Charlie Kirk (@charliekirk11) February 4, 2023
Quando voltar ao país, Bolsonaro deverá enfrentar problemas com a Justiça. Ele é alvo de 4 inquéritos que tramitam no STF e um deles trata, exatamente, dos atos golpistas em Brasília no dia 8 de janeiro. Se não retornar logo, o ex-presidente pode ser extraditado dos EUA.
Já há denúncia sobre fraude em sua tentativa de mudar o visto para permanecer em solo norte-americano e pedidos de congressistas democratas para que ele seja expulso da nação governada por Joe Biden. Com informações da Revista Fórum