Morreu na noite da última segunda-feira (6) em São Paulo (SP), aos 40 anos, o advogado Leandro Mathias Novaes, que no dia 16 de janeiro foi baleado com a própria pistola na sala de ressonância magnética de uma clínica médica do bairro dos Jardins, capital paulista. Influenciador pró-armas nas redes sociais, Novaes havia ignorado a recomendação de não entrar armado no local e o pior aconteceu.
A morte do advogado foi confirmada pela 108ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de Cotia (OAB-SP). “É com profundo pesar que a OAB Cotia comunica a todos os colegas advogados a perda inesperada do nosso querido amigo e advogado. Lamentamos a perda e nos solidarizamos com a família nesta momento de dor”, informou a entidade através das redes sociais.
Entenda o caso
Leandro Mathias Novaes, advogado que atuava como “influencer” em grupos armamentistas, foi baleado com a própria arma numa clínica médica do bairro dos Jardins, em São Paulo, na tarde do dia 16 de janeiro, quando levou a mãe para realizar um exame de ressonância magnética. Ele foi atingido no abdômen e, em estado grave, foi encaminhado ao hospital São Luiz, na capital paulista, onde permaneceu internado até falecer nesta segunda-feira (6).
De acordo com testemunhas, Novaes entrou com uma pistola na cintura na sala onde o procedimento seria realizado com sua mãe, uma área onde é expressamente proibido entrar com qualquer material metálico, já que o equipamento médico, por conta do forte magnetismo que exerce, “traga” com muita força objetos do tipo.
De acordo com uma nota divulgada pela empresa de saúde, o Laboratório Cura, tanto o advogado como sua mãe assinaram um termo de responsabilidade no qual estava claramente colocado a proibição de itens de metal na sala onde é realizado o procedimento. Ainda assim, o tiktoker armamentista não disse nada sobre portar a arma junto ao seu corpo.
Com quase 50 mil seguidores nas redes sociais, Novaes costumava dar dicas sobre armas e tirar dúvidas sobre procedimentos legais para quem é CAC (colecionador, atirador e caçador), como por exemplo onde é legal portar seus revólveres, pistolas e fuzis, além de explicar conceitos sobre excludente de ilicitude e como proceder em relação à burocracia para adquirir seus arsenais.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), o advogado tinha registro da arma que protagonizou o incidente e também possuia porte para carregá-la na rua. O caso foi registrado no 14° Distrito Policial, em Pinheiros, e o delegado que preside o inquérito determinou a realização de uma perícia na clínica onde aconteceu o disparo. Com informações da Revista Fórum