O Partido Liberal, sigla que abriga o ex-presidente Bolsonaro, vive em crise desde o fim da eleição 2022, isso porque o ex-mandatário, na véspera da posse de Lula, viajou aos EUA e desde então assumiu uma postura reclusa, muito criticada por aliados que entendem que Jair, que teve 58 milhões de votos deveria assumir a liderança da oposição ao governo do Partidos dos Trabalhadores.
A postura do ex-presidente não tem agradado grupos do PL e causou uma racha interno. Dessa maneira, os parlamentares vistos como “menos bolsonaristas” entraram no radar da articulação do PT no Congresso Nacional. Cálculos do próprio PL apontam que até um quarto dos 110 deputados e senadores da legenda podem votar com o governo Lula.
O racha do PL também se reflete nas Assembleias Legislativas de estados como São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina. Além do PL, o PP e o Republicanos, partidos que estiveram com o ex-presidente Bolsonaro durante o seu governo, também passaram a ser abordadas pelo PT e hoje negociam apoio em votações no Congresso Nacional.
O racha do PL tem ligação direta com os redutos eleitorais dos deputados da legenda. Em janeiro, durante uma entrevista à CNN Brasil, o presidente do partido, Valdemar Costa Neto declarou que “alguns deputados dependem muito do governo federal para atender os seus colégios eleitorais”. Redação da Revista Fórum com informações d’O Globo.