A advogada Rafaela Dantas, que defende o adolescente de 13 anos que matou uma professora a facadas e feriu outras quatro pessoas em uma escola de São Paulo, afirma que seu cliente está “assustado”. Ele está internado em uma unidade da Fundação Casa no Complexo Brás, no centro da capital.
“Ele é uma criança e não entende exatamente os efeitos jurídicos de sua conduta. Ele não queria estar na Fundação Casa”, afirma Dantas. Além de representar o adolescente junto à Vara da Infância e da Juventude, ela também atende os pais do menor, um homem que trabalha como segurança e uma secretária.
Ela pediu, em entrevista à Folha, uma investigação profunda a fim de identificar eventuais aliciadores que podem tê-lo incentivado e ajudado a planejar o ataque.
Bullying
A advogada afirma que o jovem sempre se refere ao bullying que vinha sofrendo. Ele relata ser alvo frequente de deboches nas escolas por onde passa. É ridicularizado por ser reservado e também pelo porte físico, sendo chamado por colegas de “feio” e de “rato de esgoto”, por exemplo.
A advogada diz que ele conviveu com esse tipo de ofensa tanto no colégio onde o ataque foi concretizado, para onde havia sido transferido poucos dias antes do crime, como na escola estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra (Grande SP), onde estudou até o início de março. As informações são da Revista Fórum.