O distrito de Caeté-Açu, mais conhecido como Vale do Capão, fica na zona rural do município de Palmeiras, na Chapada Diamantina. A região chapadeira é uma das mais procuradas pelos turistas, por ser um local recheado de maravilhas naturais. As cachoeiras, paisagens e trilhas abrangem diversos municípios e localidades, e um dos principais é o Capão, que proporciona contato com a natureza, relaxamento e aventura. Tudo isso no mesmo lugar.
O turista pode visitar o local sem medo de errar, pois será envolvido por uma energia mística e cercado por belezas naturais deslumbrantes. Ao conhecer o Vale do Capão, o visitante corre o risco de optar por não voltar pra casa. O que já aconteceu com inúmeras pessoas que hoje vivem nesta vila sossegada e acolhedora.
Que tal saber como chegar?
O aeroporto mais próximo do Vale do Capão fica em Lençóis, a 70km de distância. Se optar chegar por lá, a melhor opção é alugar um carro e seguir pela BR-242 até a cidade de Palmeiras. Em seguida, o motorista seguirá por uma estrada de terra até o Capão.
Também tem a opção de pegar um ônibus até Palmeiras. No entanto, ao chegar lá, será necessário pegar uma carona ou alugar um carro para chegar Capão. Vitória da Conquista também é uma outra opção e irá levar cerca de 6h (330km de distância). Neste caso, o ideal é alugar um carro.
Quando ir
Existem basicamente duas estações climáticas baseadas na quantidade de precipitação: a estação quente e úmida, que vai de novembro a abril, com temperaturas máximas de 30ºC e mínimas de 20ºC, e o período seco e fresco, entre maio e outubro, quando as chuvas caem drasticamente.
As melhores épocas para visita variam. Na época seca e fresca (maio – outubro) é mais fácil caminhar, porém os rios e cachoeiras tendem a estar vazios. Já na época da cheia (novembro – maio) as trilhas tornam-se mais cansativas, mas os rios e cachoeiras estão cheios.
Cachoeira da Fumaça
A Cachoeira da Fumaça, uma das maiores do país e da América do Sul, impressiona os visitantes pelo paredão e queda d’água de quase 400 metros de altura. Leva esse nome devido ao efeito provocado pela força dos ventos, que impede a água de chegar à base, formando uma espécie de fumaça com as gotículas que são borrifadas para cima. Para chegar até o topo da cachoeira são 6km de caminhada, sendo que 2km são de subida.
Cachoeira do Rio Preto
Para chegar até a cachoeira, é necessário caminhar uma hora e meia. Ao chegar, o visitante se depara com uma piscina natural de 50 m de extensão. No caminho de volta, está a Cachoeira das Rodas, também com piscinas naturais e vista para um cânion.
Riachinho
Localizada a 5km de Palmeiras, o Riachinho é a prainha do Capão. Lá, é possível tomar sol nas pedras, aproveitar a cachoeira e a piscina naturalmente represada.
Vale do Pati
Para quem gosta de trekking, há uma ótima dica dee passeio. A aventura dura entre 3 e 5 dias e possui diversos níveis de dificuldade. Ao todo são 70km de percurso e, normalmente, os grupos iniciam por Mucugê ou pelo Vale do Capão. O trajeto passa por platôs, vales escarpados, além de observar o que há de mais bonito no cerrado. O ideal é fazer a travessia com um guia, já que o trajeto é bem extenso e existem pedaços bem complicados.
Morro do Pai Inácio
A subida do Morro do Pai Inácio não é das mais difíceis, mas exige um pouco de fôlego e disposição para transpor os 500 metros da trilha que leva ao topo. A visita ao Pai Inácio pode acontecer durante todo o dia, mas o ideal é subir próximo ao horário do pôr do sol (o horário limite para subida é até 17h).
Não é necessária a contratação de guias para subir o morro. O percurso é fácil e o começo da trilha está quase à beira da BR 242. Quem estiver de carro poderá fazer o passeio por conta própria.
História
O nome verdadeiro do Vale do Capão é um termo de origem tupi que significa “mata verdadeira grande”, pois antes do início da colonização portuguesa da região, no século XVI, o local era habitado por povos indígenas. Em 1818, passou a pertencer à sesmaria de um residente de Mucugê. Nesse período, foi construída a Estrada Real entre a Chapada Norte e Sul, de Jacobina a Rio de Contas, onde foram encontradas as primeiras jazidas de ouro.
O lugar foi a rota oficial para o transporte dos minerais até a capital baiana, e de lá, aos mares estrangeiros. No ano de 1844, os diamantes abundavam mais precisamente nas mãos de José Pereira do Prado, o Cazuzinha do Prado, no município de Mucugê.
A exploração da pedra se expande de Mucugê para outras localidades (Andaraí, Lençóis, Igatu e Morro do Chapéu) definindo o lugar que passou a se chamar Chapada Diamantina, em alusão à abundância do mineral. A região prosperou muito durante a época da exploração de diamantes, alcançando seu auge econômico, continuado pela produção de café de boa qualidade. Com informações do iBahia.
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