O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou na terça-feira (16) a redução nos preços da gasolina, do óleo diesel e do gás de cozinha (GLP). Os novos preços valem a partir da quarta (17). No entanto, a medida não beneficia os baianos, porque os preços dos combustíveis e do gás de cozinha no estado são definidos pela Acelen, empresa que administra a privatizada Refinaria Mataripe.
Veja as mudanças nos estados com administração da Petrobras:
gasolina A: redução de R$ 0,40 por litro (-12,6%);
diesel A: redução de R$ 0,44 por litro (-12,8%);
gás de cozinha (GLP): redução de R$ 8,97 por botijão de 13 kgs (-21,3%).
Com essa redução, segundo a Petrobras, o preço do botijão de gás para o consumidor final pode cair abaixo dos R$ 100. O valor praticado na revenda, no entanto, não é controlado diretamente pelo governo. As denominações “gasolina A” e “diesel A” se referem ao combustível puro – antes da mistura com álcool e biodiesel, respectivamente.
O que diz a Acelen
A Acelen informou que nos últimos meses, reduziu, semanalmente, os preços dos combustíveis produzidos na Refinaria de Mataripe. No diesel, conforme a empresa, foram 10 reduções consecutivas, acumulando queda de 31% desde o início do ano.
Já a gasolina acumulou uma queda de 16% no mesmo período. A Acelen afirmou ainda que os preços na Bahia estiveram mais baratos em 80% deste ano. O último anúncio de redução no preço dos combustíveis na Bahia aconteceu no dia 4 de maio. Segundo a empresa, houve diminuição de 8% nos três produtos: gasolina, diesel S10 e diesel S500.
A empresa destacou que os preços praticados seguem critérios de mercado, levando em consideração variáveis como o custo do petróleo. O produto é adquirido a preços internacionais, dólar e frete, que pode variar para cima ou para baixo. A Acelen ainda destacou que conta com uma política de preços transparente, amparada por critérios técnicos, de acordo com as práticas internacionais de mercado.
O que diz o sindicato
O Sindicombustíveis Bahia afirma que a nova política de preços da Petrobras pode impactar a competitividade das refinarias privadas, como é o caso da Refinaria Mataripe, que vai continuar considerando o preço de paridade de importação (PPI) para a precificação dos produtos.
A preocupação do Sindicombustíveis Bahia é que a decisão da Petrobras impacte nos postos de rodovias da Bahia, que competem com estabelecimentos de outros estados, sendo abastecidos pela estatal e que, provavelmente, terão preços mais competitivos. Isso, conforme a categoria, pode resultar na queda das vendas no estado e, consequentemente, prejudicar a economia da Bahia.
O Sindicombustíveis Bahia informou que a composição dos combustíveis leva em conta outros agentes do setor, além da refinaria, como transportadoras, distribuidoras e impostos, e ressaltou que não interfere no mercado e respeita a livre concorrência. As informações são g1 Bahia.