No Brasil, estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas sofram de Doença Inflamatória Intestinal (DII), que é um termo genérico usado para a condição inflamatória crônica do trato gastrointestinal que acomete, predominantemente, o cólon (intestino grosso). Segundo a coloproctologista e docente do Instituto de Educação Médica (IDOMED), Emanuela Correia, a DII tem tratamento, porém, não há cura definitiva. As duas formas mais comuns de DII são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa.
“A primeira é uma síndrome que compromete todas as camadas da parede intestinal e tem como sintomas dor abdominal, diarreia, perda de peso e enfraquecimento devido à dificuldade para absorver os nutrientes. Já a colite ulcerativa atinge, principalmente, o intestino grosso (cólon) e pode causar dor abdominal e diarreia aliada a sangue nas fezes. Suas formas variam de leve a grave, onde o paciente corre o maior risco de desenvolver câncer de cólon”, explica Dra. Emanuela.
Ela explica, ainda, que por conta dos sintomas serem muito parecidos e confundidos com os de outras doenças gastrointestinais, o diagnóstico pode ser mais difícil. “Geralmente, os sintomas são os que citei logo acima. Por isso, é importante que o paciente busque ajuda médica para a realização de investigação por exames”, orienta.
Faixa etária
Segundo a coloproctologista, pessoas entre 15 e 40 anos são as mais afetadas com o problema. “As causas ainda são desconhecidas, mas estima-se que o modo de vida das pessoas, com alto consumo de alimentos industrializados e o sedentarismo, possa ser uma das motivações da incidência da DII em pacientes mais jovens”. Porém, ela salienta que pessoas de todas as faixas etárias podem ser afetadas, especialmente os idosos, que devem ficar em alerta sobre os sintomas.
A Dra. Emanuela Correia ressalta, também, a importância de um diagnóstico precoce e um acompanhamento médico regular. “A DII é uma doença crônica que pode afetar a vida do paciente de maneira significativa, mas com o tratamento adequado é possível manter a doença sob controle e ter uma vida saudável e produtiva”, diz, acrescentando que o tratamento pode incluir medicamentos, dieta, suplementos nutricionais e, em casos graves, cirurgia.
“Porém, além do tratamento, é necessário reforçar o alerta sobre as ações de prevenção, como a adoção de uma rotina de exercícios físicos, evitar tabagismo e a ingestão de bebidas alcóolicas. Uma dieta com baixo teor de gordura, açúcares e rica em fibras também é fundamental. No entanto, alguns vegetais precisam ser evitados, pois acabam estimulando a produção de gases, como repolho, couve-flor, batata doce, feijão, entre outros. Esses alimentos podem piorar a distensão abdominal.”, finaliza. As informações são de assessoria.