O governo Lula relança nesta quarta-feira (7), o programa do Farmácia Popular em um evento no Recife, em Pernambuco. O objetivo do novo programa é atender beneficiários do programa Bolsa Família, que vão poder retirar gratuitamente medicamentos disponíveis na lista atual do Farmácia Popular.
Há duas categorias disponíveis para retirada das medicações: parte da lista tem um desconto de 90% em relação ao preço tabelado das farmácias comerciais e a outra parte é totalmente gratuita.
O programa foi criado na primeira gestão de Lula, em 2004, para garantir a continuidade do tratamento de doenças por meio de medicamentos com desconto ou gratuitos.
No entanto, houve uma queda de atendimentos em 2022, sendo pelo menos 20 milhões de pessoas beneficiadas, uma quantidade de nove milhões a menos de atendimentos que no ano de 2015 – registro de maior volume de recursos dispostos com e sem coparticipação.
O novo Farmácia Popular visa atender também às comunidades indígenas, as quais vão poder solicitar medicamentos sem a obrigatoriedade de informar o CPF. De acordo com o governo, a categoria do projeto-piloto tem como foco o território Yanomami, em Roraima.
Ao todo, 22 medicações para controle da asma, da diabetes e da hipertensão fazem parte da lista de medicamentos disponíveis.
Confira a lista completa de medicamentos gratuitos pelo Bolsa Família:
Asma: brometo de ipratrópio (0,02 mg e 0,25 mg); dipropionato de beclometasona (50 mcg, 200 mcg e 250 mcg); sulfato de salbutamol (100 mcg e 5 mg).
Diabetes: cloridrato de metformina (500 mg, com e sem ação prolongada, e 850 mg); glibenclamida (5 mg); insulina humana regular (100 ui/ml); insulina humana (100 ui/ml).
Hipertensão: atenolol (25 mg); besilato de anlodipino (5 mg); captopril (25 mg); cloridrato de propranolol (40 mg); hidroclorotiazida (25mg); losartana potássica (50 mg); maleato de enalapril (10 mg); espironolactona (25 mg); furosemida (40 mg); succinato de metoprolol (25 ml).
Anticoncepcionais: acetato de medroxiprogesterona (150 mg); etinilestradiol (0,03mg) + levonorgestrel (0,15 mg); noretisterona (0,35 mg); valerato de estradiol (5 mg) + enantato de noretisterona (50 mg)
Dislipidemia (colesterol alto): sinvastatina (10 mg, 20 mg e 40 mg)
Doença de Parkinson: carbidopa (25 mg) + levodopa (250 mg); cloridrato de benserazida (25 mg) + levodopa (100 mg)
Glaucoma: maleato de timolol (2,5 mg e 5 mg)
Incontinência: fralda geriátrica
Osteoporose: alendronato de sódio (70 mg)
Rinite: budesonida (32 mg e 50 mg); dipropionato de beclometasona (50 mcg/dose)
Diabetes tipo 2 + doença cardiovascular (> 65 anos): dapagliflozina (10 mg)
Como solicitar as medicações
Drogarias e farmácias com o selo “Aqui tem Farmácia Popular”, credenciadas, estarão fornecendo o acesso gratuito às populações vulneráveis. Para isso, deve apresentar:
Receita médica com o prazo de validade em dia, que tenha sido emitida pelo SUS ou por um médico do setor particular
O documento oficial de identidade com foto e número do CPF
Para obter fraldas geriátricas gratuitamente, é necessário ter mais de 60 anos ou ser pessoa com deficiência e apresentar um documento que comprove a necessidade do uso das fraldas, como prescrição médica, atestado ou laudo.
Caso o paciente não possa ir até a farmácia para retirar as fraldas, ele pode autorizar uma pessoa responsável a fazer isso por ele. Nesse caso, o representante deve levar a receita médica e os documentos pessoais do paciente. As informações são da Revista Fórum.